domingo, 6 de julho de 2014
Breve, mas infinita, eternidade
Você me abraçou e eu senti como se fosse a primeira vez, como se fosse o primeiro encontro. Quanto tempo se passou, e você não passa. Né? Eu não preciso de datas, cartas, roupas antigas, fotos. Não preciso, porque nada disso te mantém mais perto. Você decidiu que a distância era a melhor, mas esqueceu de me avisar. Mesmo que eu rasgue e me livre de uma vez de tudo que me lembra você, mesmo que eu queira te tirar de dentro de mim, não vai adiantar. Você ficou, e não importa se foi contra minha vontade. Você chegou numa intensidade, me pegando totalmente de surpresa. Fazendo minhas pernas tremerem ao te ver. Perdi o foco. Não tive como resistir, eu não podia me negar a sentir. Foi apenas uma noite. Mas, parecia que tinha sido, tipo, há uma eternidade, como se tivéssemos vivido uma breve, mas infinita, eternidade. Nossa breve, porém infinita eternidade estará guardada em mim, para sempre. E mais uma vez, te deixo ir.
terça-feira, 4 de março de 2014
Dos que ainda acreditam no amor
Eu fico abismada com o fato de você ainda sorrir. Eu até acho isso bonito, sabe? Devo considerar um grande avanço, devido ao fato de que você já chorou tanto, já amou tanto. Saiu da escuridão e ainda consegue ser luz. Você consegue sorrir de novo. Você ainda ama. Depois de tantas lágrimas. Depois de todos os fins. Depois de tudo. Você ama deixar o amor acontecer. Você ama sem receio, sem medo. E eu até acho isso bonito, sabe? E sim, essa é uma das coisas que eu mais admiro em você. Você continua dando oportunidade ao amor, mesmo depois de tudo. Você é corajosa. Você ainda se entrega. Se joga do precipício sem pensar se terá alguém pra te salvar lá embaixo. E acredita que não vai acontecer de novo, que dessa vez tudo vai dar certo. Você continua aí, apostando no amor. E acredita que vai encontrar um alguém pra compartilhar seus sonhos e realizá-los. Eu até acho isso bonito, sabe? Quado a mim, não dá. Eu cansei de acreditar. Cansei de buscar o final feliz. Cansei de procurar o verdadeiro amor. Eu demorei pra aceitar, mas aceitei. Aceitei que eu não nasci pra isso. Mas, eu acho lindo que você ainda ama. E, de longe, admiro sua coragem. Coragem de quem ainda tenta, apesar do coração partido. E, sinceramente acho que o mundo é mais bonito por causa de vocês. Que ainda acreditam. Que ainda amam. Que não desistem. Que não banalizam. Que ainda se entregam. Que levam essa enorme vontade no peito. Eu olho pra você, menina. E penso que o mundo não é um lugar tão ruim assim. E no fundo, eu queria ser igual a você.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Das coisas que eu não falo
O que eu sou não lhe diz respeito, porque eu nasci pra poucos. Sobre ser intensa, eu sei. Intensidade que não se conforma com pessoas rasas. Porque eu sou um prato fundo. Intensidade que não se conforma com gostar um pouquinho e querer ás vezes. Eu estou aqui é pra me jogar do último andar do prédio, pra me perder e jamais desperdiçar um dia com quem não sabe ser completo. Então, não me pergunta sobre coisas banais. Queira saber o que me faz rir, e o que me faz chorar. E faça de tudo para não ser o motivo das minhas lágrimas. Descubra o meu ponto fraco pra cócegas. E o arrepio que eu sinto na nuca. Esqueça o que passou, e siga daqui pra frente. Se quiser mesmo saber de mim, não ouça palavras alheias. Procure você mesmo, conhecer minha essência. Seja sincero. Exponho-me tanto e ainda querem um manual de instruções. Observe, sou tão fácil de decifrar e ainda tem gente que vai pelo caminho oposto. E fazem isso porque tem medo da cumplicidade, e do carinho que eu ofereço. Do amor que eu tenho pra dar. E é por isso que eu continuo sozinha nesse mundo. Se quiser mesmo saber de mim, experimente me observar e não me perguntar. E talvez, assim me desperte a vontade de te contar. E em você, a vontade de ficar.
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