sábado, 22 de janeiro de 2011

A menina que fazia sofrer

Eu poderia descrever toda sua beleza em palavras, mas acho que você nunca entenderia dessa maneira. Garotas como ela, não costumam a ser descritas em apenas um texto. Tudo que eu escrevo, é basicamente o que eu suponho. E confesso, das vezes que eu arrisquei, quase todas me enganei. Mas, sempre uso meu coração, e não canso, nem desisto de tentar. Decifrá-la se tornou parte da minha rotina, e sinceramente, eu amo isso. A conheço desde sempre, e não consigo me lembrar da primeira vez que a vi. Mas, isso não importa agora. Ela, antes não passava de um rosto, que eu provavelmente esqueceria em alguns meses, ou até dias. A mudança que nela existiu, mudou tudo em mim. Eu não sei porque isso aconteceu, mas sei quem fez acontecer. E no fundo, agradeço o para sempre por isso. Dizem por ai que na primeira vez que se apaixonou, se entregou. E não estou falando do corpo, porque isso não é tudo, não para ela. Ela entregou seu coração para o mais carnívoro dos homens. E ele fez dela, o que um dia alguém provavelmente fará com você. Desde então, ela cura essa ferida que existe dentro do seu coração, com analgésicos. E eu não estou falando de comprimidos. Dizem que eu sou um idiota, por ainda procurar vestígios dela. Mas, se não fizesse isso o que faria então ? Não sei cozinhar e detesto contas, é burrice não admitir. Minha vocação tem nome, o dela. Além do mais, é divertido supor suas vontades, ás vezes quase acerto. Como naquela vez, em que ela deixou um cara esperando por horas na esquina da casa dela na praia. Ele acreditava que ela só estava atrasada, e que iria aparecer a qualquer momento na esquina contrária a que estivesse olhando, e o faria uma surpresa. Coitado. Eu sabia que ela não iria, sabia porque dessa vez ela tinha aceitado o convite, e ela estava comigo. A meses ela visitada aquele lugar, esperando por ele. Ele nunca ia. Ele foi, ela se foi. Talvez, quem sabe. Talvez eu seja só mais uma fantasia, que ela logo deixará de lado. E só tem uma causa, ele. Não era drama ou qualquer sentimento vingativo do tipo, ela o amava. Era medo, só o medo. De dar certo, de acontecer e depois desacontecer. Simplismente medo. Aquilo não a fazia melhor, nem a machucava, apenas ocupava o seu tempo. E isso para ela já era o bastante. Antes que eu me despeça, peço para que não deixem que ela saiba que eu ainda existo. Ela poderia reaparecer do nada, como quem nunca estivesse partido meu coração, ou então eu poderia perder todas as pistas, ela poderia desaparecer de novo. Você não quer isso, quer ?

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