sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Ser inteira
Nada mais prazeroso que viver. Fazer as pazes com você mesma, diminuir a expectativa e entender que a felicidade não é ter. É ser. Ser o calor, o verão, o frio, o nublado, o inverno, as folhas caindo, o outono, a chuva e a primavera. Escuridão e luz. Felicidade e tristeza. Quero me autorizar á ser inteira. Ora flor, ora espinho. Ora lágrima, ora gargalhada. Ora silêncio, ora gritaria. Ser inteira, mas longe de perfeita. Ser tudo, e somente agora. Rapidamente, pra ontem. E nunca, desatenta ao que mais posso vir a ser. Sem passar por cima de outrem. Sem julgar e apontar o dedo. E nem desmerecer. Perfeição não existe. Não tem rosto e nem alma. Não erra. Não é ninguém. Não aprende. Não tem sobrenome. Não tem nome. E pouco menos, coração. Não tem a magia do que é viver, chance única. Pra acertar e errar. Chorar e rir. E quando for a hora, morrer. Deixar saudade. Deixar lembranças. Deixar herdeiros. Para que a história da humanidade continue a ser escrita.
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