sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

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Amados pais, encerramos hoje uma pequena, porém, importante fase de nossa vida, tanto pessoal quanto acadêmica e nada mais junto do que agradeçer aqueles que sempre estiveram e com certeza estarão sempre ao nosso lado. É uma tarefa extremamente difícil colocar em palavras tudo o que eu gostaria de dizer aquelas pessoas que foram os pilares de tudo isso que eu construi até agora. Se hoje me sinto forte é porque um dia já fui muito frágil junto á vocês. Tudo o que eu sou hoje e a certeza de que meus sonhos serão possíveis devo á vocês: meus primeiros professores e primeiros hérois. Dizem que o único amor que ocorre primeiramente á vista é o amor de pais e filhos. Desde o primeiro olhar me senti protegida, são estes os rostos que procuro na hora do aperto, é a voz de vocês que quero ouvir no momento de dúvida. Espero que hoje, assim como eu, vocês percebam que todo o sacreficio, as despesas, os transtornos que posso ter causado á vocês em algum momento dessa nossa vida, valeu a pena. Uma simples homenagem não poderá dizer tudo o que vocês merecem, mas além disso, eu, estou tentando dia a dia deixa-los orgulhosos, porque cada escolha que eu fiz, está sendo refletida na educação, amor e carinho que ganhei de vocês todos esses anos. Por isso, esta vitória também pertence á vocês, que serão eternamente o meu amor maior, o meu ponto de referência, assim como eu nunca deixarei de ser a sua criancinha. Vocês têm me preparado para todas a dificuldades que o mundo nos reserva e se hoje tenho confiança em mim mesma, é porque sempre me foi transmitido, através de uma palavra, de um sorriso ou até de um olhar o quão sou capaz de consguir tudo o que eu sonhei. Ainda que isso pareça simples e insuficiente para demonstrar toda a nossa gratidão por tudo o que vocês são para mim, o que me resta é dizer : " Eu amo muito vocês, muito obrigado por tudo ".

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

" É impossível ", disse o orgulho. " É arriscado ", disse a experiência. " É inutil ", disse a razão. " De uma chance ", sussurou o coração.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Nunca irá saber.

Você concerteza deve ter ouvido o meu riso infantil, que durante alguns momentos era motiva motivado apenas pelo nervosismo. Deve ter sentido a mão gelada que apertava a sua mão levemente para não ser desmascarada. A boca é a parte do corpo que menos se comunica. Imagino que deve ter ouvido algumas dessas voces que falavam em mim sem que eu pudesse contê-las. Mas, ainda que tenha ouvido, não ouviu tudo. Nuna ficou sabendo que eu inventava os pretextos mais criativos para vê-lo, que eu planejava sempre os encontros que eu chamava de coincidências, que antes de ir até onde você estava, passava mais perfume que de costume. Eu mudava, várias vezes a roupa, ficava incontáveis minutos em frente ao espelho, procurando o melhor ângulo, o melhor sorriso. Ensaiava, em vão, como agiria quando o encontrasse: o cumprimento, os gestos, as palavras. Para tudo tinha um roteiro totalmente estudado para ser traído, pela instabilidade que me dominava ao ficar diante dele. Aquele esforço desumano para aparentar serenidade com uma escola de samba desfilando no coração. Ele nunca irá saber que, depois de encontrá-lo, eu contava os segundos pro próximo encontro. O caminho dos seus olhos percorreram, cada movimento, cada vírgula da sua fala. Era como se eu quisesse descobrir alguma possibilidade de aproximação, ainda que pequena, ainda que remota. Relembrar também era uma forma de senti-lo perto de mim de novo, mesmo que tenha suspeitado de que eu ainda sentia algo, não descobriu tudo.
Não descobriu, que seu riso era a minha canção preferida, que em alguns momentos da minha ilusão, senti vontade de pedir que jogássemos as armas no chão para que nossas mãos pudessem se encontrar, e se tocar. Nunca descobriu que eu escrevi vários versos, que eu nunca lhe entreguei, que muitas vezes, á pedido do meu coração, liguei apenas para ovir sua voz dizer alô e desliguei sem uma única palavra, que cantei todas as músicas de amor do meu repertório lembrando dele, que o primeiro e o último pensamento do dia era ele. E que lembrava que, ás vezes, lembrar doía, uma dor morna no peito, como doem os sonhos que não acontecem, e que a gente desconfia que não vão acontecer, nunca.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

The end.

Mesmo quando não conseguimos ver um fim, temos que esperar um. Ele sempre ... sempre chega. Ele chega e leva junto tudo o que até então você sonhou. Ele é traiçoeiro e chega quando tudo parece estar bem. Parecia mais um dia normal, uma noite normal. Duas pessoas sofrendo caladas, sem saber o que dizer para outra... Agindo como se tudo estivesse normal. O fim dói, machuca, tortura. Faz com que seu coração aperta, e sua alma grite por dentro. Ele rasgaa todas as suas lembranças, ele tira o seu sorriso. O mundo parece acabar. Ninguém consegue ouvir o seu choro, ninguém parece se importar com você. E de repente, o tudo vira nada. Todas as luzes se apagam, e a escuridão invade o buraco que ficou em seu peito. Sua mente fica turva, as lágrimas não cessam. Você tenta gritar, mas sua voz falha. Só sobrou você no silêncio do seu quarto, nada mais ao seu redor. Apenas a sua dor e o seu coração partido. The end.

Superficial

Hoje eu acordei mais cedo com uma vontade tão alucinada de me fechar pra tudo que me faz mal, me machuca. Cansei de ser a submissa, que sempre perdoa tudo, sempre aceita tudo, que deixa o orgulho de lado e continua insistindo em algo que já morreu há tempos, e só eu não vi. Cansei de chorar á toa, por pessoas que sinceramente não estão nem um pouco preocupados se o que falam me fere, e depois agem como se nada tivesse acontecido, ou pior, como se a culpa fosse inteiramente minha. Amar é bom, mas quando não se recebe nada em troca se torna destrutivo. E ainda mais amar alguém mais do que se pode, e se torna loucura quando esse amor te corresponde de algum jeito, e depois finge que nada aconteceu. Não consigo mais ser a mesma de ontem com os outros, agora estou seca, tanto faz se querem falar comigo, ou se não veem a hora de estarem bem longe de mim, tanto faz, problema deles, não me afeta mais. Jurei pra mim que iria ser fortem, e eu sou. Não chorar, não amar, não me entregar, não, nada mais, por ninguém. Ainda mais por quem não merece. Monstro ? Não, apenas mais uma pessoa que teve o coração dilacerado, arrancado e amassado. No mundo o verdadeiro e o falso se confundem, e no meu esta tudo tão confuso. Agora meu peito é vazio, é tudo tão surreal, superficial.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

                    " Os olhos mentem dia e noite a dor da gente. " - O Teatro Mágico

Por dentro.

Eu tento fingir, a todo momento, como você. Tento fingir que esta tudo bem, tento fingir que para mim, tanto faz. Tento fingir que você não me faz falta, que você não me importa. Tento fingir que eu quero continuar sem você. Tento fingir que para mim tanto faz, se você continuar ou não sentindo as mesmas coisas, se você continua frenquentando os mesmos lugares que costumávamos ir juntos, se você continua tendo os mesmos hábitos. Tento fingir como você, mas, não consigo. Não consigo não olhar para você, não consigo dominar o que sinto, a cada vez que te vejo. Não consigo ficar sem você, não consigo aceitar o fato de ver você feliz, com elas. Não consigo aceitar ao ver que você esta conseguindo continuar. Não consigo evitar perder minha melhor parte aos poucos, ao notar sua indiferença. Você me faz falta o tempo todo, queria que você sentisse a mesma vontade de me abraçar, que eu sinto. Queria que você sentisse minha falta, que você se importasse comigo. Queria sinceramente que tudo voltasse a ser como era antes. Eu e você, você e eu. Mas, queria poder não notar sua indiferença. Queria poder não estar morrendo, aos poucos.

Quem sente, sabe.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno, não saber mais se ela continua indo pro salão todas as semanas. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu, não saber se ela ainda dorme com o urso que você deu. Não saber se ele tem comido frango assado, se ela tem assistido as aulas de física, se ele aprendeu a matéria que não sabia, se ela aprendeu andar de moto, se ele continua fumando nas festas, se ela continua preferindo Kuat, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua trabalhando, se ela continua lhe amando. Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber se ele esta com outra, e ao mesmo tempo querer. É não querer saber se ela está feliz, e ao mesmo tempo querer. É não saber se ela esta mais magra, se ele esta mais belo. Saudade é não saber de quem se ama, e ainda assim, doer. Quem sente, sabe o quanto dói, e como dói.

Ao infinito, e além.

E então, eu não sei o que fazer, uma vez que até meu quarto, o que costumava ser meu refugio, meu próprio mundo, minha alegria, minhas tardes tranquilas, me faz lembrar você. Eu estou tentando ser forte, eu estou tentando te ajudar, tentando achar um caminho, uma solução. Estou tentando te deixar bem, estou tentando fazer com que você perceba que você tem que continuar, que você tem toda uma familia, toda uma vida, todo um futuro, em que eu não faço parte. Estou tentando mostrar pra você, que estou bem. Que pra mim, não esta sendo dificil, que já percebi que tenho que te esquecer, e continuar minha vida, e que agora que sei disso, tudo vai ser mais fácil, tudo esta bem. Mas, na verdade, parece que agora que sei disso, tudo esta ainda pior. Eu não consigo acreditar, não consigo entender como ou porue um amor assim, tem que acabar. Como ou porque eu tenho que esquecer a melhor pessoa do mundo, esquecer seus olhos, seu cabelo, seu rosto, seu nariz, seu sorriso. Como ou porque eu tenho que desistir de tudo, desistir do que me faz bem, desistir do meu único motivo. Eu não consigo acreditar que vou ter que te deixar, que minha vida vai voltar ao normal, que meus dias não vão ter mais sentidos nenhum. Eu não consigo acreditar, que seu sorriso não vai ser mais meu, eu não consigo acreditar que eu não vou mais te fazer bem, te fazer acreditar, te fazer sonhar. Eu não consigo acreditar... Mas, eu preciso te ajudar a sair dessa. Nós entramos nessa, juntos. E é assim que vamos sair, porque eu prometi nunca te machucar, e eu vou cumprir. Você vai sair bem dessa. Nem que seja para eu te dar minha vida, mas, você vai sair bem dessa. Eu só quero te ver bem, te ver continuar, te ver sorrir. Ficar sabendo que você tá bem, que você superou, que tem novos planos, novos sonhos. Mesmo que para isso, você tenha que arrumar uma outra pessoa para estar ao seu lado. Uma outra pessoa, que te faça bem, que seja o bastante para você, que consiga te fazer sentir tudo ... tudo o que eu não consegui, que ela consiga ser pra você, tudo ... tudo o que eu não fui capaz. E eu sei, que no dia em que você arrumar essa outra pessoa, eu vou ter certeza e talvez, tirar um peso da minha consiência, porque isso vai ser a maior prova, que apartir desse dia, você vai ter superado, você vai estar bem, você vai ter uma razão. Eu não vou mentir pra você, fazendo você acreditar que eu vou ficar feliz ao saber que você tem outra, mas, isso não importa. A única coisa que me importa, que importa realmente, é te ver bem. É saber que você superou, e pra isso acontecer, eu sou capaz de tudo. E eu não vou mentir pra você em relação ao meu futuro, falando que vou proucurar um outro alguém que me faça bem, porque você sabe que eu não vou. Você sabe que eu vou correr atrás dos nossos sonhos, você sabe, que eu vou me casar com você, que meu futuro vai ser junto ao teu. Que você ainda vai me beijar no meio de um campeonato de whelling ... você sabe. Não importa os dias que passarem, os meses, os anos ... Você pode seguir sua vida, mas eu ... eu não, nós vamos sair dessa juntos.