segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Quem sente, sabe.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno, não saber mais se ela continua indo pro salão todas as semanas. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu, não saber se ela ainda dorme com o urso que você deu. Não saber se ele tem comido frango assado, se ela tem assistido as aulas de física, se ele aprendeu a matéria que não sabia, se ela aprendeu andar de moto, se ele continua fumando nas festas, se ela continua preferindo Kuat, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua trabalhando, se ela continua lhe amando. Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber se ele esta com outra, e ao mesmo tempo querer. É não querer saber se ela está feliz, e ao mesmo tempo querer. É não saber se ela esta mais magra, se ele esta mais belo. Saudade é não saber de quem se ama, e ainda assim, doer. Quem sente, sabe o quanto dói, e como dói.

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