segunda-feira, 25 de julho de 2011

Já me cansei

Mas, a verdade é que eu me cansei. De nós, de você e dessa situação controvérsia. Não faz sentido continuar dessa maneira. Nessa constante curiosidade, imaginando como você vai estar ou com quem. E você, horas doce, noutras me tratando como... Não sou descartável. Também não quero a doçura de bens artifíciais. Fico pensando como chegamos a esse ponto. Não faço questão de descobrir coisas sobre ti, por melhores que possam ser. Chega, então. Chega de gritos, de choros. Chega de noites sem dormir, de silêncios abismais, de perguntas sem obter respostas. Agora me pergunto. Pra quê, me fala? O que eu ganho com isso? A companhia de uma pessoa doce, mas que já não quer mais estar ali, e sim em outro lugar? Sinceramente, abro mão. Acredito que em qualquer outra situação eu estaria lucrando mais. Bom, se agora isso ainda me causa alguma tristeza, tudo bem. É só ter calma. Mas, admito que eu achava que aquilo era amor, achava que aquilo era o certo, achava que a gente era certo um na vida do outro. Mas não foi. Não fui. Não somos.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Tão você, sempre meu.

Deixa eu te contar que gosto do teu sorriso e do meu jeito de interpretar cada um deles. O safado, o sonolento, o carinhoso (o meu preferido) e o faminto. Deixa eu te contar que gosto quando você me olha e eu consigo entender seu olhar. Gosto de quando você diz sem palavras, quando você age sem as mãos, quando me toca cheio de desejo, e só com o olhar. Gosto de quando me faz sentir a mulher mais desejada de todas, a mais bem devorada de todas, e a mais gostosa de todas. E isso tudo sem ter me tocado, é um desejo, uma química, algo que envolte cada um de nós, algo que já havia sido escrito. Deixa eu te contar que eu gosto da sua personalidade, de ser forte o suficiente para guardar suas fraquezas para si mesmo e ser ainda mais forte pra pedir colo, pra procurar aconchego nas minhas pequenas mãos, que acredita que nasceu pra te dar carinho. Admito que andei com saudade de ser tua como só você sabe, como só nós sabemos.
Aprendi do jeito mais torto, que nossa história é meio do avesso. Teve um meio, depois um começo e já teve vários "fins". Deixa eu te contar que gosto quando você se incomoda quando eu fico quieta e choro, e você diz: "Que foi? Não chora não, meu amor... ". E faça-me o favor de não usar isso como álibi, mas eu gosto quando você perde a paciência comigo e se irrita. Eu gosto, só pra te ver lutando contra a vontade de me beijar, de me puxar, de provar que a gente não nasceu pra ficar com raiva um do outro, que a gente nasceu pra se consumir. E quando você voltou, trouxe junto na bagagem algo tão intenso que cegou o inútil passado, ele pouco importa, tudo que foi passado ficou lá, no passado... e a gente tá aqui, tentando construir nosso depois. Admito que tenho medo, mas sou mulher suficiente pra arriscar. Com inúmeras dificuldades, óbvio. E quando eu acho que tudo está perdido, eu respiro fundo e digo: desisto de você. E você responde: eu nunca desisti e não irei. Deixa eu te contar que tudo volta a ser mais colorido. Porém, eu sei que o cinza volta e que ele é meu companheiro fiel. Mas quando ele insistir, você vai voltar e colorir tudo novamente. A gente pode passar pela amargura de forma doce. Se a gente tiver a gente, tudo se encaixa. O resto é superficial. Já foi comprovado que podemos tudo, juntos. Quando provamos que podemos ser tão um, sendo tão dois. E deixa eu te contar que gosto quando ocorre a unificação. Tão eu, tão sua. Tão você, sempre meu.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Encontros adiados

A sensação de ter na bagagem milhões de promessas e nenhuma delas cumprida, é de desânimo. É completamente decepcionante esperar por algo e absolutamente nada acontecer. Aprendi que criar expectativas é pedir pra se decepcionar, mas como não criar expectativas por algo que tratá felicidade. Felicidade que virá acompanhada de mentiras, encontros adiados, esperas e solidão. Admito que ando meio cansada de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis. É inútil viver de incertezas. É tudo tão bonito, tão profundo, tão forte, não precisava doer como dói. Não precisava ser assim. Há momentos em que a maior vontade é de sumir e ir pra bem longe. Ai me lembro que não importa onde eu vá, o que eu estou sentindo irá comigo também. Aos poucos esse veneno vai me consumindo e o antídoto para amenizar essa dor e trazer a minha cura, só você tem.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Provavelmente

De repente paro, reflito e permaneço quieta. Sei exatamente o que devo falar. Não aguento mais, você merece ouvir. Mas, nenhuma sílaba é pronunciada. Completamente despreparada para colocar tudo a perder na fogueira dos sentimentos que não sabemos até onde vão. Permaneço estática, observando profundamente os detalhes que compõe esse segundo á minha frente em que não decido se calo, ou digo. E por fim, acabo na terceira opção: rio. Porque você também ri. É tempo demais no silêncio, olhando fixamente nos olhos um do outro, para tentar descobrir as questões misteriosas, que nos dão vontade ainda maior de viver com afinco. E sorrindo. Mas, tenho que admitir tenho pavor ao não, logo, me incluo na turma dos positivos ingênuos onda nada é impossível e as possibilidades são ampliadas.
Porém você continua a me olhar e por incrível que pareça não dói, posso dizer que quase me liberta. Mesmo eu que sempre falo demais e escuto de menos. E é nesses momentos em que ninguém precisa falar nada, que tudo se explica. Porque é só passar as unhas pela tua barba mal feita ou encontrar o ponto exato onde a sensibilidade aperta. Para que você fique em minhas mãos. Sim, somente nelas. Tão diferente ao silêncio que invade quando um de nós dois desgosta de algo. E é nesse abismo profundo onde capto todos os seus detalhes, sem o barulho das avenidas, das luzes apagadas e apenas pequenas frestas de dia nascendo, nos iluminando, assim, na trajetória de redescobrir qualquer coisa sua que talvez eu não saiba.
Eventualmente com tudo aquilo que nos é contra, e do pouco (mais forte) que nos favorece, resta o registro memorável desses flagrantes de felicidade estável. De ir da água áté o vinho numa só madrugada, com esse sorriso ainda contagiante que você tanto adora. Diante de tantos caminhos tortos e despedidas intermináveis: e muitas vezes silenciosas também, onde a única coisa que me atrevo á dizer é que não quero ir, enquanto ensaio uma ida e a gente se deseja, e acabo não indo porque você me atormenta e eu saio daquela minha maneira desastrada e lenta de quem abre a porta querendo correr de volta pro carro. E é nesses silêncios que a gente nem sempre divide, mas que apenas nos unem e fortalecem mais ainda. Diante de tantos olhares cheios de mistérios e mágoas. Cheios de incertezas e doçura. Provavelmente ainda há alguma esperança sonolenta dentro de cada amanhecer.