segunda-feira, 3 de junho de 2013

Ter fé e ver coragem no amor


Faz tempo que não sei o que é sentir saudade de alguém. Faz tempo que não sinto a paz de um amor tranquilo. Faz tempo que não sinto cumplicidade em um olhar. Faz tempo que não sei o que é andar de mãos dadas. O tempo faz com que o coração se torne solitário. A ansiedade faz com que os ponteiros do relógio se arrastem. Faz tempo que não sei o que é ficar abraçado nos dias de domingo, assistindo filme. Faz tempo que fecho os olhos e não há ninguém para lembrar. Pra sorrir junto, ou até mesmo, pra sorrir sozinho enquanto vejo um casal do outro lado da rua e lembro o quanto é bom estar perto de quem se ama. Faz tempo que não escuto palavras que façam meu coração bater mais forte, ou até mesmo, ter vontade de correr pra abraçar quem as disse. É solitário ter um coração que não sabe mais amar. Pra mim, um coração solitário se assemelha mais a um bloco de concreto de uma tonelada que cai sobre suas costas. É pesado e doloroso. Me pergunto se um dia vou conseguir entregar meu coração a alguém mais uma vez. E, ainda assim, me arrisco por aí. E vou. O caminho é longo, mas sempre pode ficar mais bonito, ainda acredito. E acreditar me mantém viva.

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