segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Eu te sobro mas você não me cabe

Pûs a música pra tocar e começei a refletir, refletir profundo. E de noite fui lá, e toquei minha música pra você, onde você não estava, você nunca está. Mesmo assim eu cantei, e esperei o dia todo pela ligação, porque eu sempre espero. Eu estava triste, e ainda estou. E você nem veio e nem ligou. Eu tentei me produzir toda, como sempre, e também tentei fazer todo aquele trabalho, o dia todo, e pôr uma pilha de papéis e toda uma vida em ordem, não consegui. Eu ando fraca, muito fraca.
Eu até me produzi, mas é que minha cabeça estava preocupada demais para aquele tipo de planos, sobre outros caras. Não dava pra ver na cara ? E eles ainda vinham e tentavam me absorver, de alguma forma. E como sempre, não tem efeito algum. Mesmo com todos aqueles olhares, o meu estava muito distante dali, todos os meus tipos de olhares estavam em outro canto, e com eles o pensamento todo. E o celular ainda não tocava, nem pra dizer que tinha morrido. E os rapazes eram insistentes, quando eles querem algo, eles são. E a pergunta era: Cadê ele ? Era.
Posso mendingar tudo, menos o amor, nunca fui disso. Nunca fui de metades. Assumo: não sei jogar seu jogo, sempre que eu tento, perco. Sempre que jogo, me jogo. Arrico, não sei falar frases pela metade, não sei gostar pela metade, não sei estar com alguém pela metade. E muito menos vou aceitar suas metades. Cansei de ser uma segunda opção, em tudo, depois de tudo, quando sobre algum tempo, e quando ficar comigo talvez pareça um pouco mais interessante do que não fazer nada. De ser um refúgio na madrugada, cansei de ser a carinha bonitinha que você encontra de vez em quando, ou uma ou duas horas por semana, e jura amor eterno. Você não tem e não quer ter tempo pra mim., entendo, entendo meu bem, e quanto a isso eu não posso, realmente, fazer nada, meu bem. E eu esperei, admito, pela moto, pela luz que não piscou, pela buzina que eu não ouvi.

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