sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Ser inteira
Nada mais prazeroso que viver. Fazer as pazes com você mesma, diminuir a expectativa e entender que a felicidade não é ter. É ser. Ser o calor, o verão, o frio, o nublado, o inverno, as folhas caindo, o outono, a chuva e a primavera. Escuridão e luz. Felicidade e tristeza. Quero me autorizar á ser inteira. Ora flor, ora espinho. Ora lágrima, ora gargalhada. Ora silêncio, ora gritaria. Ser inteira, mas longe de perfeita. Ser tudo, e somente agora. Rapidamente, pra ontem. E nunca, desatenta ao que mais posso vir a ser. Sem passar por cima de outrem. Sem julgar e apontar o dedo. E nem desmerecer. Perfeição não existe. Não tem rosto e nem alma. Não erra. Não é ninguém. Não aprende. Não tem sobrenome. Não tem nome. E pouco menos, coração. Não tem a magia do que é viver, chance única. Pra acertar e errar. Chorar e rir. E quando for a hora, morrer. Deixar saudade. Deixar lembranças. Deixar herdeiros. Para que a história da humanidade continue a ser escrita.
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Somos um só coração
Hoje meu dia acordou tão cinza, quanto no dia em que você se foi. E tenho razão de sentir saudade. Tenho razão de chorar todas as noites, se eu sentir vontade. Tenho razão de querer que você não tivesse ido. Porque quando se foi, sem se despedir, levou um pedaço de mim. E deixou uma lacuna. Hoje, me falta um pedaço. Um pedaço que jamais voltará. Tenho razão de sentir falta das nossas conversas, de simples abraços apertados. E até, de quando não precisava de voz. Sentia-se paz só de estar ao lado um do outro. Hoje, vivo no passado. Vivo de fotos e lembranças. Hoje, vivo querendo entender como serão as coisas daqui pra frente, sem você. A amizade é um amor que nunca morre. E eu sempre vou te amar, meu amigo. E sei que, nessa vida não há mais possibilidade de te ter por perto. Mas, tenho muita fé de que nossa vida é vivida muitas vezes em vários planos. Tenho fé que você está vivo em um desses planos, em outra vida. E meu coração tem plena certeza de que, em outra vida eu ainda serei sua amiga. Sabe, tem coisa que simplesmente não dá pra fazer sem você. Me diz agora, o que vai ser do meu ano novo sem você? Quem vai me acordar se jogando em cima de mim, pra eu ir pra praia? Quem vai comer brigadeiro e assistir filme comigo? Ou até dormir no chão da sala, só pra esperar dar a hora de ir pra bom jesus. E por falar em bom jesus, qual será a graça de voltar lá sem você? E se alguém me chamar pra ir a baía? Será que terei coragem de ir? O que eu faço se quando eu vejo alguém dançando em cima de um carro, eu lembro de você, lembro da gente no réveillon? E quando eu ver uma Strada vermelha passando na rua? Como não lembrar de você e da sua amada "fubica"? A saudade dói, e a dor não cessa. Não cessa porque você nos disse adeus e nenhum de nós estávamos preparados. Saudades eternas, amigo. E, obrigada. Obrigada por ter sido o que você foi pra mim e ter marcado tanto minha vida. Sendo único do jeito que só você é. Obrigada por estar comigo. Obrigada por ter sido meu amigo leal e verdadeiro. Você sempre estará vivo na memória. Sempre fará parte da minha vida, da minha história. Você deixou um espaço em mim, que nunca será substituído. Somos um só coração. Nada vai nos separar, a amizade é tudo. Te amo pra sempre!
Homenagem a Fabrício Marreira de Castro
quarta-feira, 17 de julho de 2013
Instalibidade
Nunca fui daquelas que fazem sentido. Nunca fui daquelas que andam em linha reta. E só isso explicaria a minha instabilidade, minha falta de chão. Eu voo alto. Eu vou com o vento. Eu me jogo do penhasco e não me importo com o que me espera lá em baixo. Sou instável. Mudo de humor com facilidade. Mudo de lugar constantemente. Me adapto a mim mesma de vez em quando. E eu sei, que ser instável não é uma das melhores características que alguém pode ter. Mas, eu sou. Talvez seja um dos meus lados errados. Mas, talvez seja o que me sustenta. Eu quero tudo, eu quero o mundo. Não suporto meios termos. Não sei lidar com ausências, não gosto de faltas. Gosto de presença e tato. Observo todos os caminhos e vou pra onde o coração gritar mais alto. Vou pra onde o sorriso é mais largo e os olhos brilham mais. Vou pra onde os braços são mais abertos e o abraço é proteção. Vou pra onde sou mais livre. Vou mais pelo que sinto, atropelo o que vejo. E não levo mágoas no coração. Eu quebro a cara se for preciso. Eu me despedaço. No fim, eu me refaço. E recomeço. Sempre inteira. Vou mesmo contra a corrente, aprendi a ser teimosa.
terça-feira, 25 de junho de 2013
Será que eu posso?
As palavras afogaram-se em lágrimas, e deixaram de ser ditas. As atitudes são afobadas e, simplesmente não combinam com os sentimentos. As acusações são incoerentes e as defesas sem fundamento algum. Sentimentos atormentados, ligados á um laço invisível que nos unia e ainda une. A ausência é visível, a distância é aparente. Dessa vez, por motivos desconhecidos. As mesmas lágrimas que saem dos meus olhos, rolam por minha alma. Minha mente mais uma vez não trabalha direito. Por falta de concentração, por falta de capacidade. E meu sorriso, agora por motivos claros, aparece cada vez mais escasso. É humilhante a sensação de precisar de alguém para se sentir bem. E o meu sorriso, brilha bem mais, ao lado de quem amo. Agora, todos os motivos pelo qual meu coração acelerava não fazem mais parte da minha realidade. Palavras de conforto, cumplicidade e carinho foram diminuindo com o tempo. Tempo que é precioso, mas não preciso. Preciso daquele você, que não é mais você, que não se localiza no tempo. Tempo no qual deixou que os contatos ficassem cada vez mais nulos. E aquele laço invisível do qual tanto falo, parece insistir em não se romper. Dentro da minha alma, do meu coração. E aquela pergunta na qual eu fazia a mim mesma todo o tempo, permanece sem resposta. Não sei se devo ou se ao menos posso continuar dando voltas nesse laço invisível que nos une. É o que me pergunto o tempo todo: posso?
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Ter fé e ver coragem no amor
Faz tempo que não sei o que é sentir saudade de alguém. Faz tempo que não sinto a paz de um amor tranquilo. Faz tempo que não sinto cumplicidade em um olhar. Faz tempo que não sei o que é andar de mãos dadas. O tempo faz com que o coração se torne solitário. A ansiedade faz com que os ponteiros do relógio se arrastem. Faz tempo que não sei o que é ficar abraçado nos dias de domingo, assistindo filme. Faz tempo que fecho os olhos e não há ninguém para lembrar. Pra sorrir junto, ou até mesmo, pra sorrir sozinho enquanto vejo um casal do outro lado da rua e lembro o quanto é bom estar perto de quem se ama. Faz tempo que não escuto palavras que façam meu coração bater mais forte, ou até mesmo, ter vontade de correr pra abraçar quem as disse. É solitário ter um coração que não sabe mais amar. Pra mim, um coração solitário se assemelha mais a um bloco de concreto de uma tonelada que cai sobre suas costas. É pesado e doloroso. Me pergunto se um dia vou conseguir entregar meu coração a alguém mais uma vez. E, ainda assim, me arrisco por aí. E vou. O caminho é longo, mas sempre pode ficar mais bonito, ainda acredito. E acreditar me mantém viva.
domingo, 12 de maio de 2013
Eternamente, mãe
É clichê, porém verdade, dizer que as mães não precisam de datas especiais para que recebam de seus filhos todo o carinho e atenção necessária. Na verdade mãe, você mais do que ninguém sabe que meu amor por você é demonstrado todos os dias. E é com o coração carregado de muita emoção e alegria, que mais uma vez, estou aqui. Estou aqui pra agradecer mais uma vez a Deus por ter escolhido você pra mim, e eu pra você. Agradecer por nossa cumplicidade, nossa amizade, nosso respeito, nossa consideração. Agradeço a Deus por ter me dado este presente maravilhoso. Ser mãe não tem limite, é tempo sem hora, luz que não apaga, quando sopra o vento e a chuva desaba. É sinônimo de doação. de amor, de carinho, de afeto verdadeiro sem tempo e nem momento. Mãe, irmã, amiga, mulher, esposa, dona de casa, trabalhadora e guerreira. E diante de tantas funções, consegue ser boa em tudo. Oferece á mim amor sincero, incondicional, puro e verdadeiro. Obrigado, é muito pouco. Presente não é tudo. Nada chega a altura do que você merece. Nada que eu escreva é capaz de descrever o tamanho do meu amor por você. Maio é seu mês, primeiramente pelo dia de hoje, que é o dia das mães. Missão que você exerce muito bem. E depois, pelo seu aniversário, nascimento da pessoa mais importante da minha vida. Incrível como você tem a capacidade de ouvir meu silêncio, adivinhar meus sentimentos, me amparar, encontrar a palavra certa nos momentos incertos, me fortalecer quando tudo ao meu redor parece se diluir. Dou a minha vida por você, porque você é a minha vida. E sem você, nada faz sentido.
sábado, 30 de março de 2013
Amarga solidão
Caminho pela rua longa e escura, talvez a procura de algo que nunca encontrarei, mas que talvez eu encontre assim que deixar de procurar. Ando sozinha ela cidade escura, onde a única cor que vejo é o brilho da lua que ilumina os meus passos. E quando me dou conta a luz do amanhecer rouba toda a tranquilidade do meu ser, deixando a lua para trás. Quisera eu, voltar para as sombras da lua, e estar no meio daquela silenciosa escuridão que me faz tão bem, pois é lá que eu ouço os sons das vozes que eu já escutei, que sinto o cheiro das pessoas que já amei, que relembro coisas dos momentos em que chorei. Fico horas ali, desejando que ninguém me encontre, que ninguém perceba a minha insuportável presença. É insuportável ver o quão as pessoas podem ser felizes sem mim. É insuportável ver que não faço falta a elas. Isso me deixa inquieta. Juro que nunca desejei ser assim, não desejei ser uma dar raras pessoas que se sentem sozinha em meio a uma multidão sufocante, não desejei precisar me sentir amada para ser feliz. Agora, fecho os olhos e me perco em meio de meus pensamentos obscuros, eu vejo uma vida que não é minha, eu desejo pessoas que não me percebem, eu amo pessoas que não sentem minha falta, eu tenho um corpo pela metade, não, eu sou alguém pela metade. Abro os olhos e vejo que realmente já amanheceu, infelizmente amanheceu, respiro profundamente aquele ar da manhã. E é ali, em plena manhã que eu percebo que não há mais forças. A única vontade de que tenho agora, é de voltar para aquela escuridão da qual tanto falei e que me faz tão bem. Porque eu tenho certeza de que por mais tumultuados os meus dias sejam, são nas noites de outono que eu percebo que sozinha mesmo eu não estou, é só olhar para cima ou para o lado. Sempre existe alguém aqui por mim, só depende de mim estar aqui ou não, eu e a minha amarga solidão.
quinta-feira, 28 de março de 2013
Olhos mais maduros
Já faz um tempo em que ela parou de contar tudo para todos. Ela tem feito bom uso de uma vivência menos falante, quietinha. Olha nos olhos e afirma com toda a certeza que as coisas hoje andam melhores que na época em que, impulsiva, narrava toda a sua vida aos sete ventos. Antes mesmo de o fato em si, se confirmar. Antes mesmo do sonho se tornar realidade. Sonho desenhado por cima de um frágil papel de seda. Tão ingênua a ponto de achar que não havia problema em contar as coisas ao mundo, de achar que o olho grande, a inveja e o pensamento gordo não tinham efeito sob as circunstâncias. Depois de testes, fracassos, enganos e um pensar muito tardio. Se deu conta de que saber só, é que é saber demais. Cresce, menina falante. Aprende, menina falante. Já faz um tempo em que ela vem observado que essa atitude tem um efeito em maior proporção do que esperava. Essa atitude teve um efeito devastador. E a culpa não foi dos sentimentos, dos relacionamentos, dos seres humanos e seus recalques. Foi da fragilidade de coisas que a menina falante ainda não tinha se dado conta. Ansiedade, impulsividade. Resolveu, por fim, mudar. Aprendeu, menina falante? A fechar essa boca tão grande quanto o céu. Aprendeu? Escutar mais e falar menos. Quem sabe um dia, saber ser sozinho e se manter são e salvo, tomados pela força de um silêncio que muda ao invés de uma fala que promete, porém não cumpre. Futuro é assunto pra daqui a um tempo, menina. Inicia um diário, saia pra caminhar, estude, marque um compromisso atrasado, conheça pessoas novas, aprenda a fazer algo novo, inicie algum esporte. Tudo para preservar a sanidade. Para preservar a boca fechada. Sem decepções, arranhões, quedas, outros olhares, e o peso da opinião alheia (de quem não te conhece e com certeza não pode lhe julgar). Feche a sete chaves seus desejos e planos. E assim surpreenda até você mesma. Amadurece, menina. Felicidade é também um estado contínuo de quietude madura.
sexta-feira, 8 de março de 2013
Novos ares
Nesse velho lugar o piso era de porcelanato, as paredes eram com cor de terra, os azulejos do banheiro e os móveis da cozinha. Deve ser esse condomínio, essa casa, essas portas e essas janelas com grades. O salão de festas inutilizável. O jardim sem flor. O "parque" que já não dá mais pra brincar. Deve ser essa casa e os seus metros quadrados cansados. Ar antigo, denso, tenso. Teia de aranha, cupim e poeira nas gavetas velhas. Casa antiga. Cada cômodo, algo marcado, algo vivido. Alguma história pra contar. Histórias sufocantes. A rotina esmagadora dos dias. Porém, também há histórias de alegria plena. A dificuldade de respirar nesses cômodos é cada vez mais familiar. Mal posso esperar. Pela nova rotina, pela nova casa, pelo novo ar, pelos novos cômodos e pelas novas histórias. Lá na nova casa me parece ter mais ar. Um ar mais respirável. Um ar inconfundível de liberdade. E eu preciso mesmo é de ar. E principalmente, novos ares.
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