quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Resolução de ano novo
Mais um ano chega ao fim. Nesta época, as pessoas param para refletir sobre o que fizeram durante o ano inteiro. Algumas delas sorriem e agradecem por tudo de bom que aconteceu. Outras resmungam. Independente de qual seja o seu caso, 2013 está começando a acenar lá da esquina. Definitivamente, viver não é fácil. Durante os 365 dias do ano, passamos por situações diversas. Momentos de alegria infinita e tristeza eterna. Dias de luta e dias de glória.
Sufocada pelas palavras não ditas. Arrependida pelas atitudes mal tomadas. Decepcionada com as expectativas criadas. Morrendo aos poucos, afogada no meio de sentimentos não expressados. Ou, não correspondidos. A mudança é necessária. Por isso, procuro mostrar diariamente meu amor a quem me é essencial e especial. Muitos me julgam ingênua, pouco me importa. Cafona, boba, romântica demais, careta e infantil. Definam-me como quiser. Talvez eu seja mesmo isso tudo. E muito mais.
Lamento que hoje o seu coração seja vazio, duro e oco. Que você tenha se fechado. Pelo menos eu não tenho vergonha de abrir meu coração e sentir. É uma pena que você tenha desaprendido. Lamento, de verdade. Lamento porque só desejo o melhor pra você, e isso não é bom. Quero que você seja feliz. Quero que você realize seus sonhos. Nunca vou te desejar mal algum. Nem no ano que vem e nem daqui a vinte anos. Quero também, que você entenda que a vida fica melhor quando é compartilhada com alguém especial. Quero que tanto eu, quanto você. Façamos uma limpeza nos pensamentos, nas amizades e nos sentimentos. Em 2013, quero que fique com o que é bom, com o que agrega. Se quiser viver embriagado, tudo bem. Sua vida, suas escolhas. Desejo á você uma dose de paz, uma de saúde, uma de dinheiro e uma de sorte. Porque eu sei que de amor, você é incapaz de tomar.
Sei de cada um dos abraços em que eu gostaria de estar agora. Das pessoas que eu amo. Das pessoas que conheço os gestos, os cheiros, as marquinhas, as cicatrizes. Estaria nesses abraços todos. Imediatamente, porque preciso de cada um deles. E vontade de abraço é uma coisa honesta que não dá pra enganar. Pai, mãe, família e amigos verdadeiros. Cada um deles por motivos diferentes, pra no fim sentir a mesma boa sensação de estar no lugar certo, onde dá pra ouvir o coração bater e só.
E sabe o que eu quero pra mim em 2013? Viver em paz. E desejo paz pra você também. Olha, esse rancor e essa mágoa, esses sentimentos ruins não vão te levar a nada, e nem a lugar algum. Deixa pra lá, esquece. Deixa prevalecer esse sorriso lindo no teu rosto, vou deixar prevalecer o meu também. Sem mágoas. Sem rancor. Sem sentimentos inúteis. Sem tristeza. Sem raiva. Sem arrependimento. Vou procurar deixar em 2012 o que não me faz bem. Isso inclui pessoas e coisas. Vou me cercar de coisas boas, para obter uma energia boa. Quero felicidade. Quero amor. Quero planos realizados. Quero tranquilidade na minha família, na minha casa e na minha vida. Nada de confusão, brigas e palavras duras. Porque o tempo não pára. E de repente, em um piscar de olhos, os fogos de artifícios anunciam que o ano novo está presente e o ano velho ficou pra trás. É tempo de recomeçar.
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Por um fio
Estava ouvindo uma música, e nela havia uma frase que dizia assim: "quem não tem aonde ir, descobre a graça de saber ficar". E, sabe de uma? Eu perdi a graça. É triste viver uma vida em que você só é feliz nos finais de semana ou no feriado. Eu, simplesmente perdi a graça de viver assim, somente por viver. É muito triste fazer de conta que se é feliz. Não há quem seja feliz em todos os momentos. Na maioria das vezes, é puro faz de conta. Ultimamente tenho passado a vida apenas querendo dormir e acordar numa outra vida. Diferente e melhor. O que era comum ficou raro. E vice versa. Não tenho nem mais ânimo para retirar os antigos sonhos da gaveta. Parece que ele mofaram. Tento ser melhor, porém ninguém reconhece. Desisto de mim mesma. Tento fazer escolhas melhores, mas acabo caindo no mesmo abismo. Cada escolha, uma renúncia. Cada decisão é um dilema. Um dia depois do outro. Um passo de cada vez. Até tento ser racional, mas não consigo. Não é da minha natureza. Sempre fui muito emocional, toda coração. E meu mundo sempre desaba quando algo em que boto a minha alma não dá certo. Sou teimosa. Insisto em coisas inexistentes. E perdi as contas de quantas vezes meu mundo já acabou. Sou assim mesmo, intensa. E agora eu to precisando de melhorias, de carinhos, de positividade. To precisando me dar uma folga. Dessa história, desses erros, dessa vida, de tudo. To com a mente exausta. E a alma também. A sensação é que daqui onde estou não dá pra voltar. E não dá mesmo. Muita coisa mudou. Eu não me ajudo. As circunstâncias não me ajudam. Você não me ajuda. Estou por um fio. A vida sempre promete um pouco mais, mas porque tanta demora? Estou exausta de esperar por esse novo pedaço de vida que nunca chega. Eu cansei.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Das coisas que eu tive
Eu tive um barco e um companheiro. No início da viagem meu companheiro tinha mais medo do que eu. Mas, mesmo com várias interrupções, prosseguimos a viagem. O primeiro a desistir foi ele, o meu companheiro. Ele abandonou o barco e tentou voltar para a margem nadando sozinho, a tentativa foi em vão. Encorajei ele a voltar e remar comigo, e então ele o fez. Voltou. Prosseguimos e viagem. Mas, então quem abandonou o barco fui eu. A margem já estava muito longe do alcance dos meus olhos. Mesmo assim me lancei ao mar, abandonei o barco e fiquei sujeita aos lugares ruins que a correnteza iria me levar. Hoje, se me perguntarem porque abandonei o barco e o meu companheiro, não vou saber explicar. O que dizem é que eu já estava longe demais para abandonar o barco, que era melhor seguir a viagem rumo a felicidade. E sabe que eu concordo? Ás vezes, eu até concordo com o que dizem.
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
3 de Outubro
Diz que é fácil, quem nunca precisou matar alguém dentro de si. Diz que é fácil, quem nunca sentiu as pernas tremerem ao ver alguém. Diz que é fácil, quem nunca sentiu a necessidade do sorriso de outro alguém. Se eu pudesse fazer um desejo agora, eu iria pedir para voltar ao dia 3 de Outubro de 2009. Tudo que eu mais queria era voltar a sentir tudo o que senti quando o vi pela primeira vez. Um desejo enorme e uma vontade de tê-lo em meus braços. Reviver o primeiro beijo e as primeiras longas conversas. Poder concertar todos os erros ao longo dessa história. Rever o seu olhar brilhando quando olhavam dentro dos meus olhos, e olhar aquele lindo sorriso quando me via chegando há quilômetros de distância. Sentir novamente as minhas pernas tremerem ao receber uma ligação, dormir relendo mensagens de amor verdadeiro. Reler tudo o que já escreveu para mim e se perdeu com o tempo. Parece-me um erro escrever esse texto. Mas, agora não vejo mais o seu olhar. E da última vez que os vi, eles me atravessaram, como se eu não estivesse ali paralisada na frente deles, implorando por um pouco de atenção, implorando para senti-los sobre mim novamente. Escrevo para pôr em palavras o que não cabe no coração. Agora suas mãos não me tocam mais, pouco menos seus lábios encostam nos meus. Bebo a saudade todos os dias, e engulo a seco o seu descaso quando envio uma mensagem na madrugada e a única coisa que recebo como resposta é o relatório de entrega. Há um ano atrás, tive a conversa mais importante da minha vida e a mais triste também. Foi quando pela primeira vez você disse que não me amava mais, achei que seria o fim. Mas, me surpreendi quando um mês depois você veio até mim e me falou tudo o que eu queria ouvir. Até hoje não sei ao certo o que sente, pois depois daquele dia você sumiu. E ao longo dos meses, sua presença foi ficando mais escassa. E após Janeiro o contato todo se perdeu. O que você não sabia é que a cada tentativa de contato, eu te entregava todo o meu amor e isso me machucava. Porque ao invés de você aceitá-lo, você o recusava. Friamente. Vivi durante meses sob uma tempestade, porque simplesmente você foi sumindo, desaparecendo. Enfim, consegui me acostumar com sua ausência. Mas, nunca consegui te dizer o verdadeiro adeus. Eu esperava que um dia você fosse voltar. Ou que eu tivesse a coragem suficiente para esquecer. Mas, não deu. Eu tentei de todas as formas. Me envolvi com pessoas erradas. Machuquei pessoas que eu amava. A última vez que te vi, você estava segurando as mãos de outra. É tão estranho, aquele lugar deveria ser especialmente para minhas mãos. Aquelas que encaixavam na tua tão perfeitamente. Depois que vi aquela cena, senti uma vontade absurda de sumir daquela festa, do mundo, porque tudo parecia errado, estranho. O certo era você comigo, e de repente, virou errado. Perdi amigos. Perdi você. Me perdi. Espero pelo dia que poderei beijá-lo e abraçá-lo novamente. Espero pelo dia que poderei viver esse amor. Talvez no dia 3 de Outubro de 2013, 2014 ou 2015. O fato é que eu vou permanecer aqui, te esperando durante todo o ano e especialmente no dia 3 de Outubro.
domingo, 23 de setembro de 2012
Cicatriz em relevo
Mas, o tempo passou. Seus amigos me sufocavam. Eu reclamava que você não era o mesmo, você não se importava mais. Deixou de ser meu namorado, passou a ser um conhecido enquanto outros ocupavam o seu lugar de titular. Deixou de ser conhecido, passou a ser uma ferida. Uma ferida que criou casca, a casca caiu e virou cicatriz. Uma cicatriz em relevo, pra mostrar que foi intenso e doloroso. Seu ego me sufocou, seu descaso me sufocou. Meu amor-próprio apareceu. Minha coragem venceu. Nossos dias passaram a não existir mais. Era eu aqui, e você Deus sabe onde. Com essa tal distância não havia mais nós, e sim n-ó-s. E hoje, se me perguntarem, não me lembro mais como tudo terminou.
Adaptado.
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Doce mistério
Estive pensando em como você se tornou parte da minha vida, da minha casa, das minhas coisas, das minhas idéias, do meu mundo e dos meus planos. Estive pensando nesse enigma que faz com que a vida da gente se encante tanto por outra vida. E sinta vontade se sorrir. E sinta vontade de escrever textos. E sinta vontade de cantar pela rua aquela canção que a gente não tinha a mínima ideia de que lembrava. Nesse enigma que faz com que a vida da gente encontre esse vida na multidão de bilhões de pessoas. E perceber que sentia saudade dela antes de conhecê-la. Estive pensando nesse mistério que você é para alguém. Ou que esse alguém é para você. Nesse clima de passeio noturno sob a chuva pelo condomínio. Nesse clima de andar de mãos dadas. Nessa paz que convida o coração a repousar. Nesse abraço que convida a alma a descansar. Nessa vontade de deixar tudo pra depois, só para saborear cada segundo do nosso momento que veio embrulhado para presente.
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Blá blá blá
Estou tentando aprender que esse garoto que brinca comigo é o mesmo garoto sério que fala comigo sobre trabalho, e também o garoto paciente que me dá conselhos em momentos difíceis, é o garoto que gosta de me criticar quando acha que eu estou errada. Muitas vezes desejei que o garoto brincalhão fosse mais sério, que o sério fosse mais brincalhão e que o garoto paciente continuasse do mesmo jeito que é. Quanto ao garoto que gosta de me criticar, ele é um estranho pra mim e não sinto que seja errado ter ódio dele. E agora estou aprendendo que, se digo palavras ásperas para o garoto das críticas quando estamos brigando, estou ao mesmo tempo magoando os outros, aqueles que não quero magoar: o garoto sério que me fala sobre trabalho, o garoto brincalhão que me faz sorrir e o garoto paciente que me dá conselhos. No entanto, eu olho para o garoto brincalhão, por exemplo, a quem quero acima de tudo poupar de palavras ásperas como as minhas e, embora eu saiba que é o mesmo garoto que os outros, só consigo acreditar que falei aquelas palavras não para ele, mas sim para um outro, meu maior inimigo, aquele que eu mais odeio no mundo e que merecia toda a minha fúria.
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Sem título
Quero deixar o vazio que me invade agora. Na verdade, o que eu quero é descansar a cabeça no ombro de alguém, gravar o número do telefone e o reconhecer de longe. Quero saber que você chegou, antes mesmo de abrir a porta da minha casa. Percebi que nesses últimos anos, eu tenho escrito sobre sentimentos que eu ainda não vivi. Tudo o que tem aqui são fragmentos da minha vida, que outrora, passaram invisíveis no meu olhar. Eu queria preencher tudo aqui. Queria mudar o meu cabelo, mudar de cidade. Trocar as minhas roupas, os móveis e a pintura da casa. Tirar toda poeira da minha alma. E enfim, lembrar de como éramos no início, reconhecer teu perfume e descobrir, que a parte que falta em mim, está dentro de você. As melhores músicas vêm com a batida do coração e as letras estão sendo escritas agora. Minha mágoa é um vidro quebrado no meu pé. É doloroso em mim, mas é bonito pra quem lê.
sábado, 7 de julho de 2012
Sobre o que eu quero
Uso armaduras diariamente. Levanto meu escudo tentando me proteger. E luto todos os dias para esquecer. Quero deixar tudo para trás, esquecer que já fomos um só. Quero sorrir para outras pessoas. Quero voltar para casa sem querer ligar para você. Quero esquecer teu número e teu endereço. Quero estar sozinha e desejar estar realmente só, sem você lá para me acompanhar. Visito os lugares que íamos juntos. Quem sabe assim, eu consiga lembrar todos os teus defeitos. E todas as vezes que me fez chorar. Antes de conhecer você, minhas noites tinham o costume de passar mais rápido. Mas, agora não. Agora eu não tiro o olho do relógio, não paro de batucar os dedos na mesa e minha perna direita não para. Quero voltar a sorrir também, igual a você, sem precisar ensaiar um teatro para o próximo encontro.
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Vem cá
Porque toda vez que deito para dormir, é em você que eu penso. Quando fecho os olhos, é você que eu vejo. Por fora, por dentro, dos lados e em minha frente. É você quem sorri, pisca o olho, bagunça o cabelo, faz papel de palhaço. Compartilhando felicidades de mentira, desorganizando tudo o que planejei, abrindo todas as janelas para um mundo deserto. É com você que quero dividir chocolates, andar de mãos dadas e acordar abraçada. Sem receios, sem esperas, sem peso na consciência. Porque estamos tão perto e tão longe? Me responde, porque? Porque que a gente é assim? Você tem tudo, meu bem, tudo para me conquistar. Então, vem cá. Que eu quero mais uma dose de você. Que eu quero dividir meus beijos. Que eu quero te entregar meu carinho. Que eu quero cuidar de você. Então, vem cá. Que eu te quero só pra mim.
domingo, 17 de junho de 2012
Porta aberta
Há três anos eu não o conhecia. Passei 17 anos sem sequer imaginar alguém com esse nome, esse cabelo, essa voz, esse rosto, essa pele, esse mundo. Peguei o capote dele, esquecido no sofá da sala. E guardei, com todo meu carinho. Sem assombro, naturalmente, como se eu fosse passar o resto dos dias ao lado daquele menino lindo. Abraço sem motivo e sorriso sem razão. Porque o abraço dele era porta fechada. E nenhum mal podia me alcançar dentro daqueles braços. Havia entendimento. Havia confiança. O medo ficava lá fora. Eles eram um do outro. Porque eles se completavam. E isso só é possível quando o outro faz parte da gente. Enfim, você agora é parte de mim.
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Ao seu lado
Gosto de quando você deita ao meu lado e olha dentro dos meus olhos. O seu sorriso me faz saber que você precisa de mim, como eu preciso de você. Existe verdade nos teus olhos, dentro da sua alma. Você me abraça. Naquele gesto cuidadoso de quem envolve e sente. O seu toque me mostra, que você vai segurar a minha mão por onde quer que eu vá. Suas mãos no meio das minhas costas. E as minhas em volta do seu pescoço. A gente se olha e sorri. E você me aperta mais forte e com ainda mais carinho. E você me diz tanta coisa, mesmo não dizendo nada. Seus olhos me prometem tanta coisa. Entre essas, que o nosso futuro será repleto de coisas boas. De bons filmes com pipoca nos finais de semana, de chocolates divididos, de sonhos compartilhados, de desejos satisfeitos, de pôr do sol na praia, de beijos de tirar o fôlego, de coração acelerado e abraços sem ter fim. É inevitável não sorrir, diante de tantas promessas de um futuro bom. E continuo contigo. Do mesmo jeito que começou. Sem dizer nenhuma palavra. Bastando estar.
terça-feira, 29 de maio de 2012
Meu segredo
Vou falar baixinho no seu ouvido o que eu sinto por você. Você deixa? O que eu sinto por você é esperança. Será que você pode me entender? O que você significa para mim é a esperança de felicidade. Momentânea ou eterna, não importa. Quero sorrir com você. Nessa história só existe um problema, é que eu sou intensa. Você pode achar que é drama, mas drama é fingir o que sente. E eu não, eu sinto mesmo. Eu não queria sentir. Porque sentir hoje em dia é perigoso. Mas, você me faz querer sentir. Então, o que eu sinto por você é uma vontade. Vontade de que não seja só hoje, de que haja um amanhã, de que sobre algum espaço na agenda para que a gente possa se encaixar. E eu sinto, sobretudo vontade de te ver feliz, com aquela esperança no olhar. É isso, eu sinto esperança por você. E eu quero fazer parte, não sei se da sua vida ou se penso em uma vida nossa. Mas, eu quero fazer parte. Tenho essa capacidade de sentir esperança por quem me encanta. E você me encanta, me dá vontade de ser feliz, de abraçar e ter por perto. E eu quero que continue, sem fazer de você uma única chance de ser feliz. A esperança é de ser mais feliz por você estar aqui comigo, e não só por você. É apenas esperança, sem desespero. E hoje espero com a certeza de que ter esperança, ás vezes, é mais livre, completo e bonito do que amar.
domingo, 20 de maio de 2012
Coragem
Faltam descrições, palavras e ouvidos. Falta coragem de assumir, coragem de esquecer. Coragem de fazer diferente mesmo quando o que se sente continua igual. Chegou a minha hora de fazer diferente. É o último texto. Último de tantos que completam esse arquivo que criei pra você. É o último de muitos de amor, de ódio, de dor, de felicidade, de tristeza, de cumplicidade, de saudade, de você. Todos seus. Eu espero que daqui a muitos anos nossa memória consiga se lembrar dos nossos jeitos, sorrisos e momentos. Eu decidi me manter afastada e sei que você vai entender. Foram tantas idas e vindas, tropeços, recomeços, lágrimas, sorrisos, olhares bobos, presentes, esperanças, brigas, músicas, filmes, gritos, frases, sussurros, declarações. Tanto sentimento, tanta intensidade, tanta história, tanta vontade. Com você eu fui mais do que pensei que podia ser. E por você fui mais longe do que pensei que poderia ir. Você me fazia bem. Eu te fazia bem. E apesar de tudo, eu quero te agradecer. Obrigado. Por ser diferente comigo do que foi com os outros, eles não entenderiam, mas eu vi o seu melhor, um você que eles nunca verão. Eu sei que você não foi que eu precisava, mas foi o que você pode, então, obrigado. Um dia eu te devolvo tudo o que é seu e ainda está aqui comigo. Isso já não tem mais importância. Eu não vou te esquecer, nunca. Você foi, é, e sempre será uma parte da minha história. Uma parte que vou levar pra vida inteira. Uma parte de grande valor. Obrigado. Porque mesmo quando me fez triste, me tornou mais forte. Obrigado. Por todos os momentos e todos os outros motivos que eu não deixarei de agradecer. Adeus.
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Inexistente
Com tanto potencial para acabar com minha vida, sabe o que ele quer? Me fazer feliz. O que ele quer é fazer cafuné e tomar um café. Ele quer reservar hotel para viagem, andar comigo de mãos dadas, comprar presente. Quer sair comigo, jantar á luz de velas, tomar um bom vinho e olhar nos olhos. Ele quer ficar em casa, ficar assistindo filme comigo em baixo do edredom. Ele quer rir sem ter motivos, quer passar horas sem notar, quer o silêncio e a gritaria. Ele quer bobagem. Ele quer a surpresa, as mãos geladas, o coração disparado. Quer trilha sonora, barulho de mensagem na caixa de entrada, telefone tocando. Ele já tem tanto de mim e ainda quer mais. Ele quer me fazer tremer as pernas e me dar beijo na testa. Ele quer intensidade, ele quer ser inesquecível. Ele quer a alegria de quem não tem juízo. O que ele quer é tão simples e tão lindo. Infelizmente ele é inexistente no mundo real. Ele só faz parte do mundo das ficções.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Com esperança
Tá tudo bagunçado por aqui, mas sempre penso em você. Muito mais de noite (antes de dormir) que de manhã, bem mais naqueles dias que parecem poeira quando cai no olho. Não são pensamentos obscuros, embora noturnos. Sempre me perguntei até onde você era aquilo que eu via em você, ou se apenas era aquilo que eu queria ver em você. Entende? Eu queria muito saber até qual ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu imagino, e se era pra ser assim, até quando eu iria ver em você todas essas coisas que me fascinavam, e que talvez lá no fundo, fossem mais minhas do que suas. Eu queria tanto ser a tua paz, queria tanto que você fosse o meu encontro. Queria tanto me doar e receber. Queria precisar, sem exigir. E sem reclamar, aceitar o que me era dado. Sem ir além do que me era oferecido. Não queria pedir mais do que você tinha para me oferecer. Mas o que eu tinha, com certeza era seu. Será que se você tivesse ficado, teria sido diferente? Nós decidimos interromper o processo pela metade. Sem viver tudo o que tínhamos para viver. Isso tudo, porque já conhecíamos o fim. Tinha terminado, então. Mas de tudo isso, me ficaram algumas coisas boas. Eu disse: algumas. Uma lembrança boa de você. E a vontade de ser melhor para mim. Vontade de ser melhor para alguma outra pessoa que o futuro irá trazer. E então, não repetir nenhum dos meus erros. Ser outra, ser nova. Mesmo que eu me perca, não importa. Espero que o futuro traga alguém que me ajude a arrumar toda essa bagunça que você deixou aqui, e não foi capaz de arrumar. Espero que com o tempo, cada coisa vá para o seu devido lugar. Que o passado fique no passado. Que depois de muito tempo a gente possa olhar para trás e sorrir. E que venha o novo. Mas, que seja bom o que vier, para mim e para você.
quarta-feira, 28 de março de 2012
Fica bem, meu bem
A gente se entende e se sorri mais fácil. E eu só queria que você soubesse que ainda há um espaço aqui no peito onde você ainda vive e caminha comigo. Seus olhos conseguem me dizer tanta coisa quando estão olhando só pra mim, e por alguns minutos eu acredito que poderíamos fazer qualquer coisa juntos. A cada passo trocado pelas calçadas de um caminho só, caminho único. É bom ver tanta coisa refletida nesse seu sorriso torto que disfarça a saudade. Nesse seu abraço que protege e cuida. Não esqueço aquela nossa conversa em que descobri tanto sobre você dentro daquele carro, em um local, agora vazio do condomínio. Existem dias em que sinto o seu cheiro, e existem noites em que você me visita nos sonhos. Com você, com nós, era tudo tão feliz e sem nenhum esforço. E eu só queria que meus dias não soubessem que entre nós há um tempo ainda sem nome que se encarregou de me separar de você. E a gente fica tão cúmplice por um momento que o amanhã acaba sendo algo pra se pensar depois. E me permito te olhar, te ver de verdade, te sentir e baixar a guarda. Mas, haverá um dia, haverá uma maneira de curar todo esse medo, todo esse vazio que eu sei que de vez em quando você sente e eu também. Eu quero que a cada momento em que você sentir dúvida, você olhe para o céu. Porque o que me conforta é isso, que mesmo com a distância, a gente olha pro mesmo céu. Aquele tempo em que vivemos juntos não existe mais, mas ele pode reviver sempre que você quiser e lembrar de mim. Sim, meu amor, foram-se os tempos bons, mas nada impede que comecem agora os tempos maravilhosos. Amanhã é outro dia, amanhã a gente vê. Fica bem, meu bem.
segunda-feira, 26 de março de 2012
Eu caí de novo
Fazem meses que não te vejo, que não nos falamos. Não sei como anda a sua vida ou se ás vezes ainda sonha comigo. Além do que sobrou, não sei mais nada sobre você. Recentemente vi umas fotos suas, e o corte de cabelo ainda continua o mesmo, o estilo das roupas, o físico. Mas, tinha algo diferente. E eu não sabia explicar. Era algo no seu olhar castanho, como se faltasse algo por dentro de você. E tenho que te confessar uma coisa. Eu caí de novo. É eu caí de novo, meu bem. Caí na besteira de ficar triste de novo. Finjo que não lembro, mas choro feito criança dentro do carro quando toca aquela música que a gente tanto escutava junto. Ou até aquela outra música que você vivia dizendo que era nossa. E tento não lembrar do teu sorriso, mas aí aparece o rosto inteiro. Junto com o corpo e a voz do outro lado de um vídeo. E a voz falando que me ama. Me fazendo acreditar. E não restavam dúvidas. Era o formato dos traços do seu sorriso, como se tivesse perdido um pedaço de você. Então achei, que talvez o que faltava, era o pedaço de você que levei comigo, e não consegui te devolver. Mas, aí a dor toma conta. O ciúme, a mágoa, a dúvida, o rancor. E quero que você vá embora. E não volte, não me procure, finja que eu não existo. Mesmo querendo lá no fundo que você não me esqueça nunca.
quarta-feira, 14 de março de 2012
Casa vazia
Entrei em casa. Janelas fechadas. Uma casa vazia. Chovia. Todas as outras ocupadas. Estava sentada, em um sofá vazio. Corri em direção a ele, o sofá. O sofá vazio agora seria ocupado, por mim. Sentei no sofá, mesmo sozinha, e me gritaram da outra casa com o sorriso de alegrar uma vida: " vai ficar ai só?" e disparou a rir. Eu ri também e retruquei "antes só, que mal acompanhada". Sem graça, me calei e continuei ouvindo o MP3 Player. Puxou assunto de novo "porque você gosta de estar só?". O sorriso falava mais do que as palavras. Calei-me novamente. A solidão na minha casa se espalhava, mas a companhia da casa ao lado estava valendo á pena. Outro dia, recebi uma visita. As mãos se encostaram e o coração disparou. A casa continuava vazia. E agora, com uma goteira. Desocuparam as outras casas sem o brinde da goteira no telhado, mas preferi continuar naquela casa. Eu ria muito, da água caindo e em troca novamente ganhava aquele sorriso. Aquele sorriso que vinha da casa ao lado. Uma troca justa. Passaram-se vários meses e infelizmente a casa ao lado foi desocupada. A minha casa perdeu a graça. Goteira na casa, chuva, pequena trocas de palavras e um belo sorriso. Ás vezes a vida pode ser simples. Se não dá pra ser feliz a vida toda, momentos assim compensam bastante. Viva todos os sorrisos. Momentos mágicos, podem valer o minuto, o dia, o mês, a vida.
domingo, 4 de março de 2012
Haja fé.
Que março marque nossas vidas. Que seja cheio de fé. Que exista mais intensidade. Mais sorriso nos lábios, beijos, carinho. Mais clareza. Mais domingo de sol e abraço apertado. Mais mensagem na madrugada. Mais filmes na noite de sábado. Mais amigos pra compartilhar momentos bons. Menos tristeza, solidão e confusão. Menos ilusão, mais realidade. Mais compreensão, menos saudade. Quero viver a partir de agora de forma menos cansativa. Quero viver de forma mais madura. Quero colecionar mais alegrias. Mais café e cafuné. Mais pessoas puras e verdadeiras ao meu redor. Mais apego pelo que vale á pena. Mais paz, sinceridade e felicidade. Afinal, não é pra ser feliz que a gente vive? Vou ser feliz nem que seja na base da porrada.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Autodefesa
Estou em construção, desculpe a bagunça. Desculpa a falta de paciência, desculpa o mau jeito. Eu peço desculpa por sentir medo, porque não estou pronta. Desculpa qualquer coisa. Desculpa meu afastamento inesperado. Desculpa meu silêncio. Desculpa minha falta de interesse. Não me justifico. Não me entendo, meu bem. É complicado. É que eu sou louca por você e constantemente sinto sua falta. Mas, sou egoísta também. Quero conquistar o que ainda não tenho. Fazer com que se torne meu. E o que não é meu, eu prefiro assim, longe, pra não querer mais. Porque estou cansada de entregar tanta alma de bandeja pra gente que não sabe o que quer, ou não sabe querer. Cansada de medos, sentimentos e desejos que sempre me levaram do nada á lugar nenhum. Cansada de gente que não se importa. Cansada de gente covarde. Por isso, hoje, só quero o que é meu. O que me faz feliz. O que me completa. Não é opção, é autodefesa.
sábado, 18 de fevereiro de 2012
Impasses da memória
" Desculpe-me o transtorno. É que eu tenho vivido em dois planos: o cotidiano e o real com as obrigações de cada dia. Com os laços que me prendem ás pessoas queridas (que amo também e diante das quais, sou uma). Com identidade visível, com passado, presente e futuro que me prendem á um caminho pausado, de responsabilidades conscientemente aceitas. E consequências transparentes. Desse mundo, você é afastado. E quando também se ausenta, sinto essa emoção enorme que chego ás vezes a negar. Sinto que esse é o mundo verdadeiro, real e que não devemos, não podemos. É preciso parar, recuar, fugir guardando a lembrança inimiga de um encantamento que poderia ter sido. Quando o seu sólido e tão perfeito mundo, inesperadamente irrompe e se instala desse modo em mim. Como agora, em que esta emoção vai me tomando. Então é nisso que, sobretudo acredito, nessa alegria que me perturba e me invade. É nesse tempo que, sobretudo acredito, um tempo feito á sua margem e construído aparentemente com fatos miúdos e minúsculos: uma mensagem hoje, um encontro rápido amanhã, uma esperança pra Deus sabe quando. Fatos tão pequenos, tão escassos, tão incertos - e que constituem, no entanto nossa história mal vivida. Sinto que mesmo desse pouco (quase nada) eu poderia desistir, se você quisesse. E você quis. "
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Nó aperta, laço enfeita.
Existe uma verdade que eu luto pra mudar, mas ainda é uma verdade. Um laço mal dado também pode se tornar um nó. É, ás vezes acontece. Sem motivos aparentes ou todos do mundo. Acontece sempre quando a gente quer que dure mais tempo do que realmente deveria durar. Queremos parar de tropeçar e de olhar pra trás. Mas, não é uma decisão fácil. Andando, em frente, balançando no seu próprio ritmo. Um passo, um passado, um sentimento, um tropeço. Desamarrou, embolou e deu nó. Existe aquele tipo de pessoas que não conseguem desfazer o próprio nó. E vivem, incansavelmente, procurando alguém que façam isso por elas. Enlouquecendo, bebendo, beijando, mentindo e esticando a corda até o limite. Consequentemente o nó aperta e fica mais forte. Dia após dia. E existem também aqueles tipos de nós que não podem ser simplesmente desfeitos. Pois, são eles que confortam nossa alma dentro do nosso próprio corpo. São eles que nos fazem aguentar firme as quedas da vida. Seja estando sempre lá, ou não. Para que finalmente percebamos que nossa corda é mais longa do que imaginávamos. Laços não apertam, não escravizam, não prendem, não sufocam. É simples assim: nó aperta, laço enfeita.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Ponto final
Uma vez me disseram que sempre acabo as histórias antes do final. A partir desse dia, pensei em colocar mais algumas frases na história, mas escrever é tão difícil. E quando eu parei para analisar, percebi que realmente faço isso sempre. Sou viciada em terminar. Sou um ponto final que termina as coisas pelo medo de ir até o fim. Cada frase que sai dos meus pensamentos tem uma perfeição que só faz sentido porque me define na imperfeição do que eu sou. Cada texto é uma confissão arrancada da minha alma para que ela não sofra diante de tantos pensamentos dentro de mim. Sou ponto final e interrogação. Juntos. Eu me julgo e por isso acabo me traindo. E fico observando essa menina cheia de pontos finais e de defeitos. É uma definição meio que bruta, mas o que importa é que ela vem do meu próprio olhar. Eu não consigo ser superficial. Me entrego e não nego. Eu não sei ser amiga sem querer ser amiga. Eu não sei sorrir sem querer sorrir. Eu não sei ser simpática sem querer ser simpática. Tudo parece tão complexo. Mas quando eu sou, sou de uma forma tão completa que até transbordo. E meu único padrão é rir escandalosamente até doer a barriga. E chorar desesperadamente até não sobrar nenhum tipo de angústia. Meu tumulto particular é o que me aproxima do meu lado criança, do meu lado adulta, do meu lado menina, do meu lado mulher, de todos os meus lados - fáceis ou não. Escrever é a minha forma de tentar me entender, me entende? Ponto final.
domingo, 8 de janeiro de 2012
Abraço de despedida
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
So be it.
Os primeiros dias do ano estão sendo bonitos. E confusos, também. Dias bonitos me fazem querer viver mais. Sentar na areia e observar o céu azul, ouvir os pássaros cantar... ou até mesmo o calor infernal da estação e os veículos que quase me atropelaram. Amanhã é outro dia, aprendi isso ontem. E hoje eu não quis ficar triste ou sentir qualquer coisa que não me deixasse curtir o dia que eu estava perdendo até antes de meio dia. Não importa o quanto o amor me perturbe e não me deixe dormir ou o quanto o sono está presente em mim, saí pela praia para sentir a brisa do mar bater no rosto. Aprendi com aquele ditado que diz: "quem procura, acha" e resolvi não querer achar nada. Resolvi que não iria mais me preocupar. Resolvi que vou parar de sentir. Só respirar, sabe? Essa coisa de sentir me dá um cansaço.
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