quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Boa viagem

Não há lugar para onde correr, a vida é assim. Se você é o que é hoje, é porque foi tudo que já foi um dia. As mudanças, quando precisam acontecer, sabem como nos encontrar. Então, pode continuar. Você está no caminho certo, tenho orgulho de si e não se arrependa de nada. Porém, caso de arrependa de algo, se perdoe, pois assim, o erro se transforma em estímulo para evitar que ocorra outras vezes. O foco da sua vida é você mesmo. A meta da sua vida é a sua paz interior. Então, sempre se mantenha em mente. Enfim, se queremos ser livres, primeiramente devemos nos abastecer no desejo de nos transformar. Devemos parar de sofrer pelo que temos e pelo que não temos. O sofrimento vem da intensidade do relacionamento com algo ou alguém. Assim, quando algo ou alguém tem que ir embora de nossas vidas, não alimentamos a ilusão da perda. O apego embaça, o que deveria estar claro. Porque sempre atrás de uma perda, estará o ensinamento de que algo melhor para nossa vida precisa entrar. Se não abrimos as portas para as coisas velhas saírem, como as novas poderão entrar? O ensinamento antigo não nos serve mais, já crescemos o suficiente com ele. Ele precisa do espaço para coisas novas. A gente aprende com a dor, o que a felicidade não pode ensinar. Está ai um mal necessário: a renovação.

"Perdeu-se uma mala, com diversas expectativas dobradas dentro. Quem a encontrar, deseje-a boa viagem."

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Deserto afetivo

Mude o centro das atenções para o lugar vazio. Para a pessoa que não veio. Pior ainda: para a que não existe. É assim que eu fico, sempre, doendo, amando, esperando. No lugar vazio do sofá, da cama, do mundo. Minha sorte é o pé de coelho que na verdade, não traz sorte alguma. Meu amor é a cadeira giratória que já não gira mais. E assim, me recuso a sentar em outras e continuo vivendo entre o cansaço e o medo de cair de mim mesma. Infelizmente eu funciono assim, não sei se você já percebeu. Consigo "não te amar", e isso significa passar dias em paz, quando eu te trato bem, quando te amo. O que sobra dentro de mim, o que eu guardo no peito, é sempre o lado negativo do que mostrei para o mundo. E quando por ventura acabo te tratando mal, são dias te amando aqui dentro, nos espaços vazios que sobraram e que você nunca foi capaz de preencher. E assim vou seguindo. Tentando esconder de mim mesma, que ainda te carrego no peito. E assim, passamos sem perceber, ou até mesmo tentando esconder uma vida inteira. Só porque agora você se foi pra sempre, é que sinto que você nunca chegou de verdade. Só porque com você eu iria até a esquina e o fim do mundo, porque eu podia tudo. E agora não posso nada. Do lado de cá, eu vejo milhares de pessoas com boas intenções e inúmeros motivos para ser feliz. Mas, adivinhe onde estou? Em casa, sozinha, como se não houvesse nada lá fora. Porque é na falta que eu vivo. É na alegria enorme que sinto o tamanho do sofrimento que posso aturar. E dos sentimentos que eu não deveria sentir, mas me abasteço. E o murro que dou quando a mão vai querendo oferecer carinho. É a saudade que sinto, mas não deveria sentir. É para o lugar do qual eu fugi, que eu sempre acabo voltando. É, na falta que eu vivo. É depois do meu auge, que vem a pior queda. E quando você reclamava que eu andava estranha ao telefone, sem dar importância. Quando eu parecia não te ouvir, eu estava ouvindo todas as suas vozes e tentava dar conta de gostar de tanta gente diferente que era gostar de alguém como você. Eu imprimia tanto de você em mim, que eu precisava falar muito de mim para tentar existir além do que eu me tornava. E acabar morrendo novamente, como faço todas as vezes que me sinto viva demais. Ponto final é tanta continuação que vira três pontos finais. E vai começar tudo de novo só porque acabou. Eu já não aguento mais continuar nesse deserto afetivo, e é por isso que eu deixei tudo pra trás.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

@uniãoterceirão

Acredito que alguns de vocês entraram na minha vida com um propósito, como anjos. Outros só participaram de variados momentos importantes. Se for pra falar de amizade, que seja com carinho e sinceridade. Se for pra falar de amizade, que seja de vocês. Que tenha sido verdadeira cada palavra dita. Que tenha sido significativo cada abraço. Posso afirmar que amizades como a nossa, são simples e ao mesmo tempo intensas. Eu, particularmente quando conheço alguém, tenho por hábito confiar. E confiei de olhos fechados, nas pessoas que defini como anjos. Criou-se um laço entre muitos de nós, um laço de amizade. Isso foi quase inacreditável. E até hoje me pergunto como pessoas tão diferentes, conseguiram criar uma afinidade tão intensa. A explicação pra isso tudo se chama, carinho e convivência. Agradeço a Deus, todos os dias. Por existir pessoas tão lindas em minha vida. Sempre que precisei de apoio, seja de qualquer tipo, encontrei vocês. E agradeço de coração. E se o destino nos uniu, nos permitiu viver tudo que vivemos, é porque existe algo real aqui. E o que há de real, vou levar pro resto da minha vida. Confesso que tenho sorte de ter vocês. Espero que a amizade que criamos seja cultivada, mesmo após o final do nosso ano letivo. Desejo de todo coração que estejamos sempre ao lado uns dos outros. Porque apesar de tudo, cada um de vocês sempre vão ser importantes pra mim. Sua imaginação te preenche, e seus amigos te dão colo, vodka e dias incríveis. Enfim, a vida segue. Mas, não se percam de mim.

Dedicado á @uniaoterceirao: Aléxia Barreto, Alana Soares, Bruna Queiroz, Felipe Oliveira, Filipe Silva, Filipe Souza, Hilem Goncalves, Janaína Almeida, Jefferson Mascarenhas, Karen Santana, Yago Menezes e Thiago Barauna.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Adeus

Estava passando como de costume em frente aquela praça próxima a casa dela. E encontrei-a sentada em um banco. Com certeza ela não era a mesma de antes. E dessa vez ela carregava um sorriso nos lábios. Suas unhas haviam crescido e seu cabelo também. As roupas eram diferentes e o perfume já não era tão doce. Eu fiz de tudo para me aproximar dela. Mandei as mensagens que ela tanto gostava, dei a atenção que ela sempre quis. Mas, dessa vez o olhar dela em minha direção era completamente vazio. Até achei que ela conseguia olhar através de mim. Era como se eu não existisse. Ela me ignorava completamente. Tentei falar no ouvido dela as nossas antigas juras de amor. Mas, ela nem se moveu. Tentei beijá-la, mas ela recuou. Quando sentei ao lado dela, lembrei-me do passado. Lembrei-me de todas as noites que ela me ligava só pra me desejar boa noite e de todas as demonstrações de afeto que nunca foram correspondidas. E devo admitir que sinto saudade do amor intenso que existiu entre nós. Sinto saudade da paz que aquela menina me trazia. Aquela menina, que hoje se tornou mulher. Passei a mão nos cabelos dela da forma que ela mais gostava, fiz as mesmas palhaçadas para fazê-la sorrir como de costume. Mas, infelizmente aquele sorriso nos seus lábios era para outro homem que a observava do outro lado da rua. Enganei-me achando que ela não iria me esquecer. Percebo que estive errado e prossigo arrependido. A verdade é que ninguém estará disponível a vida toda. E deixa eu te contar que nem foi necessária uma vida. Um ano bastou para que, a minha menina pudesse perceber que o eu dela não estava em mim. E assim, ela decidiu buscar a felicidade por outros caminhos. Eu a deixei ir. E acreditei que nunca sentiria a falta dela. Estupidamente arrependido, queria ao menos a chance de uma última conversa. Ela virou-se para mim, disse adeus e se foi.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Interior

Ela andava pela sala com aquele velho moletom de sempre. Parada, ficou observando a chuva. Com o rosto que aparentava estar cansado e o cabelo totalmente bagunçado. Quem observava, dizia que ela parecia estar morta e sem ânimo. Parecia que não existia mais vida naquele corpo. Ela pegou um velho álbum de fotos e desejou que tudo fosse esquecido. Impossível, pois restaram milhares de lembranças. Não sei explicar como foi que aconteceu. Mas, ela foi se acostumando. E aos poucos não restava mais dor alguma. Ela secou. Secou tudo aquilo que machucava demais, secou tudo que era intenso demais. Tudo se perdeu, até as lágrimas. Hoje, ela sabe que nenhuma saudade vai machucá-la. E que nenhuma vazio vai incomodá-la. Sem esperar nehuma mudança, ela mudou. O sorriso dela se manifestou. E com um brilho tão intenso que ofuscou o sol. Ela seguiu em frente e nem percebeu como o tempo passou rápido. E acabou levando consigo tudo que fazia mal. E aí, ela percebeu que nem sentiu falta daquilo que foi embora.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Desespero nunca resolveu problema

Eu sempre quis saber como é ser o motivo da vida de alguém. Mas, nunca tive a sorte de amar e ser correspondida. E hoje, já não acredito mais nesse tipo de amor. Porque eu tenho medo de não saber ser isso que fui com ele, com outra pessoa. Eu tenho medo desse meu jeito de não saber ser metade. Tenho medo de me perder novamente. Tenho medo de não saber como me recolher de volta, caso isso seja necessário. Afinal o que é isso, amor correspondido? Nunca tive um. E não terei, pois meu coração ta fechado. Não quero optar por uma decepção novamente. Afinal, se a gente pode se prevenir. Pra quê remediar? Explique-me qual é o sentido de se entregar em um relacionamento. No inicio tudo são flores, como todos sabemos. Depois só restam espinhos. E mais que isso, o que resta na maioria das vezes é um coração partido. Devo confessar que ainda não consegui me recuperar? Ou dizer que está tudo bem, botar um sorriso no rosto e fingir que é verdadeiro até que a vida o faça ser? Dizem que não importa qual seja a estrada o importante é caminhar. Pois estou aqui, e continuo caminhando. Ainda não caiu a ficha, mas eu disse adeus. Porque quando você começa a fazer tudo por uma pessoa e não recebe nada em troca. Pode ter certeza que chegou á hora de dizer adeus. E o que resta depois do longo e dolorido adeus. É ficar calma e esperar, dizem que o tempo resolve tudo. E desespero nunca resolveu problema.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Barulho interno

Eu ouvia o som da porta bater com toda força, mesmo a casa estando em silêncio. O barulho era interno. Eu podia ouvir, de dentro pra fora. Talvez eu tenha entrado em um labirinto onde a única entrada seja também a única saída. Cada escolha que faço, cada caminho que sigo, sinto como se estivesse mais longe do caminho que eu quis percorrer. E por trás desse sorriso, continuo. Mas, eu sabia. Eu sabia que um dia eu ia cansar, que ia jogar tudo pro alto. Este sempre foi meu "grande consolo". Eu sabia, sabe por quê? Porque coisas pela metade não são pra mim. Nunca foram. As lágrimas secaram a dor que existia, e agora o vazio se instala. E lhe digo mais uma coisa: sobrou um orgulho enorme dentro de mim, que me diz para não olhar pra trás. Porque eu sei que fiz de tudo um pouco, do possível ao impossível. Sei que usei todos os meus personagens nessa missão. Talvez missão perdida, mas missão cumprida. Não necessariamente completa, mas leve. A alegria vem com o passar dos dias e amanhã é outro dia. Isso eu sei também.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Por favor, para.

É hora de deixar ir, menina. Para de ser tonta. Ele veio hoje. Ele finalmente veio. É. Ele até veio. Mas, ele não veio por você. Não mais. Se fosse por você, ele teria vindo antes. Você estava aqui o tempo todo, mas ele não notou e ao menos se importou. Para de se contentar com migalhas, menina. Você merece muito mais. Você ainda se lembra? Ele dispensou sua companhia, te deixou de lado e desprezou o seu sorriso. Para de ser tonta menina. Para de achar que você faz alguma diferença na vida dele. E aprende, aprende que é mais fácil. Que dói menos. Para de sentir a falta dele, para de achar que vocês nasceram pra ficar juntos. Para de achar que não é possível juntar os pedaços e seguir em frente. Tudo isso é nostalgia, porque sabes muito bem que ele nunca irá volta a ser o que era antes. Para de ser tonta menina. Para. Por favor, para.

domingo, 4 de setembro de 2011

Desejo



Desejo que haja cumplicidade e que o tempo seja generoso conosco. Desejo passar várias noites de sábado jogada na cama ou no sofá te fazendo cócegas, e te fazendo rir como se fosse a melhor coisa que poderíamos estar fazendo. Que o entendimento aconteça apenas com um olhar, e mais além ver a felicidade em seus olhos. Desejo que haja muita paciência. Que os dias passem em paz e que as noites sejam de festa. Para que possamos cobrir-nos com o edredom, como se estivesse fazendo o maior frio lá fora, mas é só pra sentir mais quente o teu corpo perto do meu. Para que eu possa ouvir você contar sobre o seu dia, sobre como eu te faço rir, ou em como aquele cliente chato te irrita. E então, prestar atenção nas suas histórias, em como você se empolga falando das coisas que conquistou e sorrir de tudo isso. E poder te interromper, sempre que eu quiser, com um beijo e sussurrar por entre nossos lábios que te amo. Para enfim, fazer você feliz. Desejo que o abraço seja sempre conforto e que as vontades caminhem de mãos dadas. E que eu tenha o poder de fazer você esquecer o mundo lá fora, nem que seja só por uma noite. Fazer com que a cada dia seu desejo seja mais e mais estar ao meu lado. E provar que no nosso caso, os opostos se atrem. Nem que seja só por uma tarde. Nem que seja pra vida inteita. Eu e você, você e eu, o silêncio e nós.

Dedicado á Welber Torres Rios.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Continuar

Confessarei que tenho andando muito insegura e só. Sabe quando você não tem nada pra dizer? Ou não sabe como entender? Ou tenta não entender para não deixar de sentir? Então, eu não tenho nada pra dizer. E pouco menos, entender. Quer dizer, tenho muito a dizer, mas não posso ainda. Não há tempo, não há condições práticas e não há ouvidos. Na verdade eu posso, mas não quero. Posso, mas não devo. Não agora, nem naquela hora. Tudo está travado. É preciso dar tempo ao tempo, é preciso tomar um decisão, é preciso carinho e atenção para ouvir. E entender. Essa comunhão de palavras não ditas e sentimentos mal demonstrados, não valem á pena. Mas sem fazer qualquer tipo de força, enche de esperança um coração. O meu. Mas, assim eu não quero. Eu disse, disse mesmo. E acredito que eu tenha razão. É preciso muito esforço e dedicação, para conseguir não se perder o que se tem. Ainda assusta um pouco, mas estou mais leve. É preciso estar alerta, para todo e qualquer detalhe. Afinal, você me ganha nos detalhes e nem sabe disso. É preciso estar alerta porque, o amanhã bate a porta e o tempo insiste em passar. E a dúvida que fica é exatamente não saber, se devo repetir tudo outra vez. Porque com toda sinceridade, eu tenho razão. Se é isso que realmente quer, está no caminho certo. Continue. Só me avise, para que eu possa continuar também.
Sei que já falei muito do amor, pois acho que é o grande tema da vida de todos nós. Então, continuarei falando. Acredito que uma relação amorosa serve para você se sentir totalmente á vontade com a outra pessoa; á vontade para falar sobre qualquer assunto e poder concordar ou discordar dela. E isso é bom ou ruim? Eu fico pensando que uma relação serve para você ter com quem ir ao cinema de mãos dadas, para ter alguém com quem ficar em silêncio, sem que nenhum dos dois se incomode. E tiro minhas conclusões que uma relação tem que servir para, ás vezes, estimular você a se produzir por completo. Mas, para também te estimular a ser linda do jeito que é, de cara limpa. Serve para um e outro se sentirem seguros, para ensinar a confiar e respeitar o próximo, e com certeza que sirva para que o casal se divirta mesmo em casa, aliais principalmente em casa. Serve para amparar as dores um do outro no momento de tristeza, e se aquecer no corpo um do outro quando faltar o edredom. E principalmente para os dois se abrirem para o mundo, mesmo sabendo que o mundo não se resume só aos dois.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Com amor


Há algum tempo ela vem tentando fazer com que as rimas fizessem sentido. Mas, não conclui nada. E mais uma vez, lá está ela. Não dá pra entender como ela não se cansa disso. Talvez ela tenha entrado em um labirinto onde a única entrada seja também a única saída. Ela sabe que tudo não passa de um jogo. Mas, também sabe que é imprevisível saber se o jogo é de azar ou de sorte. Ou melhor, ela até pode imaginar, mas dispensa. Acredito que essa garota, no fundo gosta desses desafios. De se apaixonar, de entrar num barco que já sabe que se encontra furado, de se jogar num rio onde não consegue nadar. Aquela garota não desiste. E não leva consigo nenhum artefato flutuante destinado a marcar o lugar de ancoragem, as zonas de perigo. E se ela se afogar, se recupera. O curioso é que ela já apanhou demais, já se decepcionou demais. Essa garota tem um relacionamento estranho, ela acredita que esta destinada a ser substituída. Mas afinal, quem não é?
Cada pessoa acha que é especial na vida de alguém, mas o que nos garante que não estamos somente servindo para fechar buracos e curar feridas antigas? Essa garota... ela amou, ama, amará, e se machuca muito também. Porque, ás vezes, amar também é isso. Se entregar, dar o seu melhor para proteger outra pessoa. Até que ela se sinta segura, fique bem e te deixe completamente pra trás, totalmente indefesa. A partir daí, é você que procura alguém que queira te curar. Ás vezes alguém aparece, outras vezes, não. Mas, e ela? Por que ela espera? Por quem ela espera? E aos pouquinhos, ela vai se acostumando com os golpes baixos, os chutes e os socos que a vida lhe deu, e dará. Essa garota segue em frente anestesiada. Não porque ela é forte, muito pelo contrário... Essa garota é fraca o bastante para não conseguir sustentar ódio na sua essência, no seu coração. E continua amando, muito. Mesmo sabendo que vai chorar inúmeras vezes ainda.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Já me cansei

Mas, a verdade é que eu me cansei. De nós, de você e dessa situação controvérsia. Não faz sentido continuar dessa maneira. Nessa constante curiosidade, imaginando como você vai estar ou com quem. E você, horas doce, noutras me tratando como... Não sou descartável. Também não quero a doçura de bens artifíciais. Fico pensando como chegamos a esse ponto. Não faço questão de descobrir coisas sobre ti, por melhores que possam ser. Chega, então. Chega de gritos, de choros. Chega de noites sem dormir, de silêncios abismais, de perguntas sem obter respostas. Agora me pergunto. Pra quê, me fala? O que eu ganho com isso? A companhia de uma pessoa doce, mas que já não quer mais estar ali, e sim em outro lugar? Sinceramente, abro mão. Acredito que em qualquer outra situação eu estaria lucrando mais. Bom, se agora isso ainda me causa alguma tristeza, tudo bem. É só ter calma. Mas, admito que eu achava que aquilo era amor, achava que aquilo era o certo, achava que a gente era certo um na vida do outro. Mas não foi. Não fui. Não somos.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Tão você, sempre meu.

Deixa eu te contar que gosto do teu sorriso e do meu jeito de interpretar cada um deles. O safado, o sonolento, o carinhoso (o meu preferido) e o faminto. Deixa eu te contar que gosto quando você me olha e eu consigo entender seu olhar. Gosto de quando você diz sem palavras, quando você age sem as mãos, quando me toca cheio de desejo, e só com o olhar. Gosto de quando me faz sentir a mulher mais desejada de todas, a mais bem devorada de todas, e a mais gostosa de todas. E isso tudo sem ter me tocado, é um desejo, uma química, algo que envolte cada um de nós, algo que já havia sido escrito. Deixa eu te contar que eu gosto da sua personalidade, de ser forte o suficiente para guardar suas fraquezas para si mesmo e ser ainda mais forte pra pedir colo, pra procurar aconchego nas minhas pequenas mãos, que acredita que nasceu pra te dar carinho. Admito que andei com saudade de ser tua como só você sabe, como só nós sabemos.
Aprendi do jeito mais torto, que nossa história é meio do avesso. Teve um meio, depois um começo e já teve vários "fins". Deixa eu te contar que gosto quando você se incomoda quando eu fico quieta e choro, e você diz: "Que foi? Não chora não, meu amor... ". E faça-me o favor de não usar isso como álibi, mas eu gosto quando você perde a paciência comigo e se irrita. Eu gosto, só pra te ver lutando contra a vontade de me beijar, de me puxar, de provar que a gente não nasceu pra ficar com raiva um do outro, que a gente nasceu pra se consumir. E quando você voltou, trouxe junto na bagagem algo tão intenso que cegou o inútil passado, ele pouco importa, tudo que foi passado ficou lá, no passado... e a gente tá aqui, tentando construir nosso depois. Admito que tenho medo, mas sou mulher suficiente pra arriscar. Com inúmeras dificuldades, óbvio. E quando eu acho que tudo está perdido, eu respiro fundo e digo: desisto de você. E você responde: eu nunca desisti e não irei. Deixa eu te contar que tudo volta a ser mais colorido. Porém, eu sei que o cinza volta e que ele é meu companheiro fiel. Mas quando ele insistir, você vai voltar e colorir tudo novamente. A gente pode passar pela amargura de forma doce. Se a gente tiver a gente, tudo se encaixa. O resto é superficial. Já foi comprovado que podemos tudo, juntos. Quando provamos que podemos ser tão um, sendo tão dois. E deixa eu te contar que gosto quando ocorre a unificação. Tão eu, tão sua. Tão você, sempre meu.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Encontros adiados

A sensação de ter na bagagem milhões de promessas e nenhuma delas cumprida, é de desânimo. É completamente decepcionante esperar por algo e absolutamente nada acontecer. Aprendi que criar expectativas é pedir pra se decepcionar, mas como não criar expectativas por algo que tratá felicidade. Felicidade que virá acompanhada de mentiras, encontros adiados, esperas e solidão. Admito que ando meio cansada de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis. É inútil viver de incertezas. É tudo tão bonito, tão profundo, tão forte, não precisava doer como dói. Não precisava ser assim. Há momentos em que a maior vontade é de sumir e ir pra bem longe. Ai me lembro que não importa onde eu vá, o que eu estou sentindo irá comigo também. Aos poucos esse veneno vai me consumindo e o antídoto para amenizar essa dor e trazer a minha cura, só você tem.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Provavelmente

De repente paro, reflito e permaneço quieta. Sei exatamente o que devo falar. Não aguento mais, você merece ouvir. Mas, nenhuma sílaba é pronunciada. Completamente despreparada para colocar tudo a perder na fogueira dos sentimentos que não sabemos até onde vão. Permaneço estática, observando profundamente os detalhes que compõe esse segundo á minha frente em que não decido se calo, ou digo. E por fim, acabo na terceira opção: rio. Porque você também ri. É tempo demais no silêncio, olhando fixamente nos olhos um do outro, para tentar descobrir as questões misteriosas, que nos dão vontade ainda maior de viver com afinco. E sorrindo. Mas, tenho que admitir tenho pavor ao não, logo, me incluo na turma dos positivos ingênuos onda nada é impossível e as possibilidades são ampliadas.
Porém você continua a me olhar e por incrível que pareça não dói, posso dizer que quase me liberta. Mesmo eu que sempre falo demais e escuto de menos. E é nesses momentos em que ninguém precisa falar nada, que tudo se explica. Porque é só passar as unhas pela tua barba mal feita ou encontrar o ponto exato onde a sensibilidade aperta. Para que você fique em minhas mãos. Sim, somente nelas. Tão diferente ao silêncio que invade quando um de nós dois desgosta de algo. E é nesse abismo profundo onde capto todos os seus detalhes, sem o barulho das avenidas, das luzes apagadas e apenas pequenas frestas de dia nascendo, nos iluminando, assim, na trajetória de redescobrir qualquer coisa sua que talvez eu não saiba.
Eventualmente com tudo aquilo que nos é contra, e do pouco (mais forte) que nos favorece, resta o registro memorável desses flagrantes de felicidade estável. De ir da água áté o vinho numa só madrugada, com esse sorriso ainda contagiante que você tanto adora. Diante de tantos caminhos tortos e despedidas intermináveis: e muitas vezes silenciosas também, onde a única coisa que me atrevo á dizer é que não quero ir, enquanto ensaio uma ida e a gente se deseja, e acabo não indo porque você me atormenta e eu saio daquela minha maneira desastrada e lenta de quem abre a porta querendo correr de volta pro carro. E é nesses silêncios que a gente nem sempre divide, mas que apenas nos unem e fortalecem mais ainda. Diante de tantos olhares cheios de mistérios e mágoas. Cheios de incertezas e doçura. Provavelmente ainda há alguma esperança sonolenta dentro de cada amanhecer.

domingo, 5 de junho de 2011

O sol

Hoje acordei completamente estranha. E eu juro que tinha um pouco de sol em cada gotinha da chuva fina de hoje de manhã. Algo me diz que coisas maravilhosas estão por vir. E o que eu vou fazer é deixar acontecer. Por isso cada vez mais abro esse meu coração pra felicidade, pra vida, pra alegria e pro sol que com certeza não machuca de forma alguma. Você me fez acreditar que mesmo caindo uma tempestade o sol pode surgir. E é com pleno contentamento que afirmo que qualquer pensamento negativo que surja eventualmente, morrerá faminto.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Contra o tempo

Eu já disse o que eu tinha pra dizer, mas não quis te perder. Foi inevitável. Bem ou mal você pertece á mim. Só assim, totalmente meu. Já tentei por muitas vezes me perder no meio do caminho, mas é impossível. Você que já se perdeu de mim milhares de vezes, mas sempre encontrou o caminho de volta. Mais porque ? Eu nunca te pedi pra voltar. Me desespero á procura de um outro caminho, mas todos os caminhos me encaminham pra você. Te excluo, te esqueço, te perco. Mas, parece que o tempo não quer te desprender de mim. Não deixo nenhuma migalha de pistas de onde estou, mas você me encontra, como se fosse um tipo de ligação mais forte que não consegue se quebrar. O tempo vem mostrando que o laço que criamos é mais forte que ele, que o silêncio, que as separações. É inquebrável. Não queria pensar assim, mas tudo ao meu redor me faz ver que nós não servimos mais um para o outro, pessoas tentam provar que seu coração tem outra dona e você ainda insiste em dizer que ele é só meu. Pura mentira. O tempo bate em nossa porta e pede licença para poder entrar, mas nós como sempre teimosos, estamos do outro lado dessa porta lutando contra o tempo que insiste em nos afastar.

25 de março de 2011.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Com açucar

Foi assim que nós no encontramos, dessa vontade de ser de alguém todas as noites, desde as mais quentes até as mais frias. Todos os dias. Uma vontade mais forte que todas as decepções do passado, que os acasos anteriores. E ele tinha uma voz firme de quem sabe cuidar, voz daquele que diz: Talvez não seja nessa vida ainda, mas você ainda vai ser a minha vida. E que foi aprendendo, mesmo sem querer. Sei, no início pareceu loucura, mas foi real. Como se fosse um arco-íris é uma doce surpresa no fim de uma tarde chuvosa. Não tinha como ser diferente, temos corações quentes, que viviam á procura de um amor que cuidasse da gente, que a gente cuidasse. Assim, poderíamos flutuar pelas nuvens. Tranquilos. Talvez nós dois já tivéssemos nascidos feito muito pra nós dois. Eu disse, talvez. Mas não importa como, ia acontecer, nós sabíamos. Em uma noite de muito carinho e amor, nada mais era vazio, palavras doces me envolviam, enchendo o meu sorriso de açucar. Teu peito, meu abrigo. E agora era meu o teu sorriso.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Sabe, lá no fundo, o que eu mais quero é manter a imagem que eu tinha de você. Acredito que seja impossível. Tento me lembrar do homem que você era quando estava comigo e quero poder acreditar que tudo o que você disse algum dia poderia ser verdade. Hoje não sei quem você é, suas atitudes contradizem as palavras, que me fazem acreditar que nunca foram sinceras. Só eu que conheci o homem de verdade que tem ai dentro ou só eu não vi o moleque imaturo que estava na minha frente o tempo todo? É essa a dúvida que me consome, me invade, me prende e me faz mal o tempo todo. Essa indecisão entre carregar uma lembrança boa, ou queimar a página da minha vida que hoje parece ter sido construída em cima de mentiras.

sábado, 7 de maio de 2011

Greater love

Mãe, venho por meio desta lhe dizer como é fácil escrever do amor entre o homem e a mulher. Mas, dificil mesmo é falar sobre o seu amor por mim e o quanto ele é recíproco. Palavras me faltam para escrever sobre a pessoa que eu mais amo nessa vida. Acredito que o amor de mãe pode ser traduzido em doação. Um amor que se doa, coloca em primeiro plano a felicidade e a segurança do outro ser. Seria impossível falar de mãe, sem falar na pureza desse amor. Queria agradecer mais uma vez por tudo que você é e faz por mim, obrigado por ser a melhor amiga do mundo, por me ouvir, me entender e me aconselhar. Acredito que nenhum amor na terra seja maior que o amor de uma mãe para filha e vice versa. Obrigado por ter me ensinado a ser como eu sou e também por ter me ensinado a fazer da experiência do fracasso, uma lição para o futuro. E acima de tudo obrigado por me ensinar que amor é a coisa mais importante do mundo. Mãe, você merce todo o respeito do mundo e toda a glória, pois está sempre pronta e atenta para resolver qualquer situação mais difícil. Incrível como você é um anjo da guarda sempre de plantão, pronta para me socorrer em momento de aflição. É uma necessidade dizer o quanto você é especial e o quanto somos companheiras, preciso dizer também, que vamos continuar a ser sempre assim. Por tudo isso, repito, a melhor coisa do mundo é ser sua filha. O meu maior desejo é ver você viver muito feliz, não apenas hoje, que é o seu dia, mas para sempre, pois por toda minha vida eu vou te amar. E em nenhum momento duvide disso, você é insubstituível. Me desculpa por qualquer coisa, o meu maior medo é te perder. Eu te amo demais, minha vida.

Com amor, Renata S. Almeida

domingo, 17 de abril de 2011

Inabalavelmente

Eu preciso sair com meu coração calmo e distribuir sorrisos por aí. Conhecer pessoas novas, lugares novos e conquistar pessoas novas. Preciso distrair a mente, pensar em novas coisas. Porque já diziam: quem tem que ficar, fica. Os dias voltam a clarear, as noites não são mais tão solitárias e os sonhos não são mais tristes. As lembranças ainda estão vivas, mas foram para um tempo chamado passado. E desse passado eu não quero ter acesso nenhum. Preciso que você aprenda de uma vez por todas, que eu sou feliz sem você. Que não preciso e nunca precisei de você para exatamente nada. Que não adianta insistir em uma coisa que não dá certo. E que toda mentira tem perna curta. Que eu necessito e irei recomeçar, uma paz enorme reside em mim, toma conta do meu coração e me diz que esse é o momento. Hoje eu acredito na felicidade e principalmente em mim.

sábado, 2 de abril de 2011

Tempo de paz

De repente um sorriso brota em meus lábios. E de encontro com o espelho a felicidade brilha em meus olhos. Com esses lábios famintos de sorrisos e com toda essa alegria que me consome. Tranquilizo a alma e até o ambiente. A neblina foi se esvaindo e o sol surgiu á frente. Agora vejo tudo que um dia não fui capaz de ver. Agora posso enxergar claramente as paisagens, as formas, as cores, as pessoas, os sentimentos. É tempo de paz. Sentir os pés no chão, olhar o sol á cada manhã, ver as flores sorrindo pra ti. Isso faz tudo valer a pena. Vivo de sentir o que a vida vai trazer para mim á cada amanhecer, mesmo sem saber. Isso me basta. Você irá dizer que sou uma sonhadora, mas a verdade é que eu sempre fui feliz, e não sabia.

domingo, 27 de março de 2011

Início do fim

Nenhum dos dois precisava de palavras para saber que alguma coisa crescia naquele espaço entre nós. E tudo começou com o silêncio, afinal o silêncio sempre respondeu por nós dois. Mesmo próximos os nossos olhares estavam distantes e essa divergência denunciava o quão distante estávamos realmente. Diziamos-nos que estava tudo bem, e eu continuava lhe perguntando com a certeza de que você nunca diria nada, além disso. Alguma coisa acontecia, e sempre chamávamos de "nada". Admito que existia dias no qual eu me tornava a pessoa mais sensível, carente e chata do mundo. E nesses dias, isso era tudo insuportável. E quando eu olhava pra ti enxergava um completo estranho. Um estranho que não sabia absolutamente nada sobre mim.
Como naquele dia, que você olhou nos meus olhos e riu ao achar que aquelas lágrimas eram brincadeira. Não era. Nunca gostei dessas brincadeiras, e antes você sabia. E com o tempo eu sentia falta de muitas coisas, como dos seus telefonemas inesperados na madrugada, ou de fingir que não estava percebendo que você me observava enquanto eu dançava. Da surpresa no colégio e do seu sorriso ao ouvir coisas que eu dizia que não tinha sentido nenhum. Eu nunca achei justo ter que mudar para agradar você, mas mudei. Fui covarde e fraca. Tinha medo de decretar o eterno fim, porque eu pensava que não conseguiria ir muito além de você. Mas consegui.
Cometi o erro de me tornar dependente de seus raros carinhos. E a cada dia que passava eu ia me esquecendo de como era estar apaixonada por você. Eu te amava e precisava de você. Mas nenhum relacionamento sobrevive sem calor, paixão e admiração. Todo o meu esforço para nós dois ficarmos juntos só piorava as coisas. Eu me via fazendo coisas que eu jamais faria, como implorar indiretamente pelo seu carinho. Cobrar nunca mudou nada, não com você. Uma coisa que aprendi contigo, é que em um relacionamento, carinho e amor não devem ser como uma dívida. Tem que ser pago sem descontos ou parcelas, á vista. Agora, naquela hora ou nunca mais.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Saudade de mim

Sou extremamente estranha, ás vezes prefiro ficar só, e não falo com ninguém. Ás vezes converso com qualquer pessoa, durante horas. Ás vezes fico exageradamente feliz ou triste, do nada. Ás vezes, escuto uma música muitas vezes e não enjôo dela, é que as músicas que eu escuto parecem ser um pedaço de mim, da minha vida. Guardo aprendizados nelas. Ás vezes falo coisas que não devia ter dito e deixo de falar coisas que realmente importavam. Ás vezes eu machuco as pessoas, mas também há vezes que são elas que me deixam em pedaços, mas não me perco. Junto todos os pedaços, colo e guardo. Ás vezes eu não peço desculpa, elas também não. Ás vezes me arrependo de tudo, e ás vezes, quero voltar atrás. Decepciono-me. E na maioria das vezes, esqueço o que aprendi com meus erros. Sinto-me melhor agora, mesmo sendo assim, ás vezes tão estranha. Esqueço de mim. Mas ultimamente, tenho marcado um encontro comigo. Fazia tempo que não me olhava de perto. Não posso me atrasar. É que de repente bateu uma saudade de tudo, das pessoas que passaram pela minha vida, dos velhos amigos, das paixões, da minha infância. Me lembro bem do tempo que eu só tinha coisas boas pra pensar. Nada de falsidades, decepções, preocupações... E ali eu era feliz. Ali aprendi a ser feliz, e só por curiosidade, decidi ser feliz sempre. E sou, mesmo quando não percebo. Não sinto saudade de ser feliz, tenho saudade de quem eu sou quando admito isso.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Encontros e Despedidas

Todos os dias é um vai-e-vem, uns chegam outros vão embora. Os que chegam querem ficar, permanecer. Outros fazem questão de ir embora, sem deixar vestígio algum. Idas e vindas. Encontros e despedidas. Haverá quem chegue e queira voltar. E também haverá quem vá, pra nunca mais. Acredito. Nos encontros viver momentos momentos que jamais foram vividos. Nas despedidas um longo Adeus, sem volta. O nosso destino é chegar e partir. A hora do encontro é também despedida. E vai ser sempre assim !

domingo, 27 de fevereiro de 2011

                                              " Livrai-me de tudo que trava o sorriso. "

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Seu fantasma

Hoje quando acordei me lembrei de você, não me pergunte o motivo, porque ele não existe. Fechei meus olhos e voltei na última vez que meus olhos conseguiram te seguir, mas subitamente me lembrei do momento em que você sumiu. Perdi a vontade de levantar, fechei meus olhos e tentei voltar a dormir, pelo menos você estava ao meu lado, no sonho. Mas, não é sempre que eu sonho com você. E também não é sempre que consigo continuar meus sonhos, e como estou falando de você isso parece se tornar impossível, respirei fundo e me levantei, quando abri o guarda roupa e peguei a roupa que usei ontem, lá estava seu perfume. Percebi então que não foi só em minhas lembranças que você ficou, ainda conseguia sentir o seu perfume na madeira, nas fotos, nos presentes recebidos, e aquilo não foi muito legal. Sua letra estava em minha parede, no meu espelho, na minha agenda, na minha pele... e por fim, no meu coração. Suas promessas ainda mantinham a minha esperança viva, mas ela morre a cada dia, a cada tarde cinza, a cada noite sem estrelas, a cada vez que demoro a domir... seu fantasma ainda me assombra.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Um abrigo

Um coração é como se fosse uma casa, mas por incrível que pareça ninguém consegue sobreviver a tudo sozinho em sua própria moradia. As tristezas e as alegrias precisam ser divididas constantemente com outras pessoas e então nós precisamos bater na porta da vida de alguém pra pedir ajuda, pedir algo que consequentemente não tenha na nossa casa. Minha casa está totalmente vazia, eu deixei todas as portas, janelas e qualquer outra abertura pra quem quisesse entrar. E sabe o resultado disso tudo ? Levaram embora quase todos os meus bens, me deixaram sem nada. Então apareceu alguém, com uma casa enorme e muito carinho na bagagem, me oferecendo ajuda. E me ajudou tanto... ajudou-me a recuperar alguma coisas que tinham roubado de mim. Mas ao invés de está lá, agradecendo pela ajuda e tentando retribuir os favores, eu fui atrás de quem provavelmente tinha levado embora todas as coisas mais valiosas. Só que eu nunca percebi que podia reconstruir minha casa com a ajuda que tinham me dado, sem precisar ir atrás do que já não era mais meu. Acho que daqui á algum tempo, quando eu me der conta dos erros, aquela casa grande estará de portas fechadas para mim. Tenho que admitir, estou precisando de um abrigo.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

De lembranças e sonhos

O que fez ele reparar em você não foi a cor do seu batom ou o tamanho dos seus cílios, mas sim a confiança que ele sentiu quando você usou um batom mais forte ou um rímel novo. Depois de certo tempo, querendo ou não, todos aprendem que implorar por sentimentos alheios não funciona, que ninguém nunca entende as frases enigmáticas colocadas na internet. Que tentar controlar os outros é a maneira mais rápida de perder todo o controle. Que a melhor maneira de calar o coração é ocupar a mente. Que ser feliz sozinho é dificil, mas com pessoas erradas é mais ainda. Que a melhor vingança do mundo é ser feliz. Acredite, o tempo não resolve tudo, o tempo apenas muda a ordem que as coisas irão acontecer. Todos sabem que é impossível viver só olhando pra frente, nós somos formados de lembranças e sonhos, e o que nos diferencia é a maneira com que lidamos com eles.

Você vive de lembranças ou de sonhos ?

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Um barco e alguém

Homens, eu sempre achei que os homens gostassem de mulheres independentes e seguras, que não precisassem deles para sobreviver. Mas, como toda regra, percebi que essa também tem sua exceção - quase sempre com uma barba mal feita e um sorriso bem feito. Afinal, o que eles querem? Os sentimentos deles são tão contraditórios quanto os nossos, mas ao contrário de nós, eles não pensam, eles fazem. Ás vezes fazem merda, outra não. Outra coisa que sempre me chamou atenção foi á proteção, que talvez, tenham herdado dos nossos antepassados, algo a ver com o instinto de animal de "macho alfa". Aí me vem uma e outra "femêa" se fazendo de indefesa. E funciona, que merda. E então, como proceder ? Se você corre atrás você é chata. Se você mostra que está nem aí você é ignorante. E é quando você pula do barco que eles percebem que não conseguem sozinhos. O problema é que a coragem de pular do barco nunca se torna uma atitude. Aí começamos a remar, devagar, cada vez mais devagar e em uma hora ou outra quem vai sentir vontade de pular fora é ele. Fingimos a existência de um motor invisível (o tal do orgulho), e continuamos lá, fingindo que está tudo bem. Essa é a fase durona, em que frasem prontas servem de consolo. Certa hora a gasolina desse motor acaba, e voltamos para a estaca zero. Sozinhas em um oceano de peixes, mas todos fora do barco. Sentimos aquele medo de pular, a esperança ainda ocupa o lugar vazio, e faz com que rememos sempre para trás. Existe uma hora na nossa vida que precisamos ficar paradas no barco. Sem remar para trás ou para frente. Sozinhas com o vento, o silêncio e o sol. Para poder perceber certas coisas novas e deixar outras definitivamente para trás. Achar uma bússola interior, e mudar totalmente de rumo.

Para o infinito e eterno além.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Não pense duas vezes!

A felicidade é um susto, que chega na calada da noite, na fala do dia e no improviso das horas. Chega sem chegar, insinua mais que propõe. Felicidade é um animal arisco, tem que ser adimirada á distância porque não aceita a jaula que preparamos para ela. Vê-la solta e livre no campo, correndo com sua velocidade tão elegante é uma sublime forma de possuí-la. Felicidade é a chuva que caí na madrugada, quando dormimos. O que vemos é a terra agradecida, pronta para fecundar o que nela está sepultado, aguardando a hora da ressureição. Felicidade é coisa que não tem nome, é silêncio que perpassa os dias tornando-os mais belos e falantes. Felicidade é carinho de mãe em situação de desespero. É olhar de amigo em horas de abandono, é fala calmante em instantes de desconsolo. Felicidade é palavra pouca que diz muito, é frase dita na hora certa e que vale por livros inteiros. Eu busco a frase de cada dia, o poema que me espera na esquina, o recado de Deus escrito na minha geladeira, eu vivo assim ... Sem doma, sem dono, sem porteiras, porque a felicidade é meu destino de honra, meu brasão e minha bandeira. Eu quero a felicidade de toda hora, não quero o rancor, não quero o alarde dos artificios das palavras comuns, nem tampouco o amor que deseja aprisionar meu sonho em suas gaiolas tão mesquinhas. O que quero é o olhar de Jesus refletido no olhar de quem amo. Isso sim é felicidade sem medidas, o café quente na tarde fria, a conversa tão chea de humor, o choro de vez em quando. Tudo isso são felicidades pequenas, o olhar da criança que me acompanha do colo da mãe, e que depois, á distância, sorri segura, porque sabe que eu não a levarei de seu lugar preferido. A felicidade é coisa sem jeito, mas com ela eu me ajeito. Não forço para que seja como quero, apenas acolho sua chegada, quando menos espero. E então sorrio, como quem sabe, que quando ela chega, o melhor é não dispersar as forças. E assim sou feliz por inteiro na pequena parte que me cabe. O que você hoje tem diante dos olhos, merece um sorriso ? Não pense duas vezes !

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Is this love.

Eu o amo, porque não sei como fazer pra não amar, porque não sei como esquecer num piscar de olhos, porque não da pra desistir em tão pouco tempo, eu amo sim, porque Deus sabe o que faz, porque é assim que é pra ser, eu amo mesmo e com todas as minhas forças, e daí ? eu sei que um dia vou ser recompensada, mesmo que demore, mesmo que eu não tenha mais forças, eu sei que vai chegar o tempo certo, eu amo mesmo e nem ligo, nem ligo pros que dizem, que é perca de tempo, pros que dizem que partir pra outra é mais fácil, não quero outro, se não for ele não é ninguém, nem ligo pro que dizem, que é burrice correr atrás de alguém, mas não corro. Eu amo e não tem jeito, porque amor não é tão fácil de se mudar, não é roupa pra se trocar, eu amo mesmo e daí, quem nunca amou assim que diga o contrário, amo mesmo e ninguém me impedirá de viver esse amor, por mais que eu não o viva agora, por mais que o tempo demore a passar, Deus tem um propósito pra mim !

sábado, 22 de janeiro de 2011

A menina que fazia sofrer

Eu poderia descrever toda sua beleza em palavras, mas acho que você nunca entenderia dessa maneira. Garotas como ela, não costumam a ser descritas em apenas um texto. Tudo que eu escrevo, é basicamente o que eu suponho. E confesso, das vezes que eu arrisquei, quase todas me enganei. Mas, sempre uso meu coração, e não canso, nem desisto de tentar. Decifrá-la se tornou parte da minha rotina, e sinceramente, eu amo isso. A conheço desde sempre, e não consigo me lembrar da primeira vez que a vi. Mas, isso não importa agora. Ela, antes não passava de um rosto, que eu provavelmente esqueceria em alguns meses, ou até dias. A mudança que nela existiu, mudou tudo em mim. Eu não sei porque isso aconteceu, mas sei quem fez acontecer. E no fundo, agradeço o para sempre por isso. Dizem por ai que na primeira vez que se apaixonou, se entregou. E não estou falando do corpo, porque isso não é tudo, não para ela. Ela entregou seu coração para o mais carnívoro dos homens. E ele fez dela, o que um dia alguém provavelmente fará com você. Desde então, ela cura essa ferida que existe dentro do seu coração, com analgésicos. E eu não estou falando de comprimidos. Dizem que eu sou um idiota, por ainda procurar vestígios dela. Mas, se não fizesse isso o que faria então ? Não sei cozinhar e detesto contas, é burrice não admitir. Minha vocação tem nome, o dela. Além do mais, é divertido supor suas vontades, ás vezes quase acerto. Como naquela vez, em que ela deixou um cara esperando por horas na esquina da casa dela na praia. Ele acreditava que ela só estava atrasada, e que iria aparecer a qualquer momento na esquina contrária a que estivesse olhando, e o faria uma surpresa. Coitado. Eu sabia que ela não iria, sabia porque dessa vez ela tinha aceitado o convite, e ela estava comigo. A meses ela visitada aquele lugar, esperando por ele. Ele nunca ia. Ele foi, ela se foi. Talvez, quem sabe. Talvez eu seja só mais uma fantasia, que ela logo deixará de lado. E só tem uma causa, ele. Não era drama ou qualquer sentimento vingativo do tipo, ela o amava. Era medo, só o medo. De dar certo, de acontecer e depois desacontecer. Simplismente medo. Aquilo não a fazia melhor, nem a machucava, apenas ocupava o seu tempo. E isso para ela já era o bastante. Antes que eu me despeça, peço para que não deixem que ela saiba que eu ainda existo. Ela poderia reaparecer do nada, como quem nunca estivesse partido meu coração, ou então eu poderia perder todas as pistas, ela poderia desaparecer de novo. Você não quer isso, quer ?

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

What is love?

" The truth is out there. "

Você não tens notado, amada ? É tudo um turbilhão. Lembre como estavam as coisas há um ano atrás. Você não lembra ? Que dia é hoje ? O que você fez ontem ? O que você comemoraria hoje ? E veja como tudo mudou em apenas um ano. E de um mês pra cá ? Veja como tudo mudou, e tão rápido. Você imaginava, naquele dia, que dali a um mês estaria assim ? Quase você não consegue acreditar, foge do nosso controle. Tudo isso é pra nós percebermos que o controle das nossas vidas de maneira alguma está nas nossas mãos. São as pessoas, que entram e saem, umas ás outras, que fazem as vidas. A interação. São os outros, as suas palavras, as coisas não feitas, as promessas não cumpridas, as suas atitudes, que determinam as nossas. São os outros que nos transformam no que quer que a gente se torne.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Resolução de Ano Novo

Anos significam muita coisa, e de tanto significado a gente fica meio perdido pra definir. Wilde estava certíssimo quando disse que definir é limitar. Limitaria a imaginação e as lembranças, dizer que foram os melhores, ou os piores. A memória vai cuidar de tanta coisa boa e até das coisas ruins que foram acontecendo pelo caminho, afinal, são anos, e não tá fácil pra ninguém. Mas levamos a certeza de que as boas superam em número, valor e sentimento aquelas que queremos esquecer, que se tornam pequenas diante da expectativa e da saudade que já vai começando a doer antes mesmo do tchau. Porque sentir saudade do que é bom, é natural. Estranho seria se o coração não ficasse pequeno quando pensamos que não vamos mais dividir a mesma sala, o mesmo " bom dia " ainda arrastado de sono com alguns, dúzias de guloseimas com outros e o alívio da sexta-feira com tantos. Porque, meus amgios, estamos olhando para aqueles que serão lembrados como os anos de ouro de nossas vidas. Será que a gente sabe a importância e o peso disso ? Sei cada um dos abraços em que gostaria de estar agora. Das pessoas que conheço a geografia, cicatrizes, marquinhas, cheiros ... Estaria nesses abraços todos. Imediatamente, porque preciso de cada um deles. E vontade de abraço é uma coisa honesta que não dá pra enganar. Pai, mãe, primos, familia, amigos, namorado.. cada um deles por motivos diferentes, pra no fim sentir a mesma boa segurança de estar no lugar certo, quando o lugar certo não existe e mora num abraço, onda dá pra ouvir o coração bater e fim. Mas cá estamos nós. Num espaço que não cabe abraço porque o abraço mora longe, tá ocupado, não vem, já tá tarde, sumiu da minha vida, coisas assim... Coisas da vida ? E eu precisava tanto. Vacilei entre ligar e não ligar, inúmeras vezes, pra cada um deles. E tentar sentir que tinha abraço mesmo não tenho o lugar e a presença das cicatrizes, marquinhas e cheiros todos. ( Esqueci um pouco, ou tanto, deles, no ano que passou). Fazer as vezes por e fingir que dá certo, não deu. Não daria, deixa pra amanhã. " Fica pra depois .. ". Vai ficar, ano que vem... Eu vou atrás de cada um deles. E essa é a minha única promessa para o ano novo.